Data de publicação: 16-02-2017 18:01:00

Novo ensino médio deve ser implementado a partir de 2019

Lava Jato Dias
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
 
Agência Brasil
 
O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse nesta quinta-feira (16) que o novo ensino médio estará implementado em todo o país a partir de 2019. “Há prazos para os estados se adequarem a essa realidade. A base [Base Nacional Comum Curricular] só estará concluída até o final de 2017. Não poderíamos exigir a implementação plena pelos estados em 2018. Então, isso será feito com mais profundidade só em 2019”, disse.
 
A reforma do ensino médio foi sancionada na manhã desta quinta-feira pelo presidente Michel Temer. Entre as principais mudanças estão a flexibilização curricular, a ampliação da carga horária e a formação técnica dentro da grade do ensino médio. O próximo passo a ser dado é implantar a Base Nacional Comum Curricular que, atualmente, está sendo elaborada por um comitê presidido pelo Ministério da Educação.
 
Segundo o ministro, o ensino médio é diferenciado em cada unidade da federação e, por isso, a implementação da reforma será discutida com os conselhos e secretarias estaduais, para que cada um faça as adequações necessárias. “A lógica é preservar as peculiaridades e valorizar o protagonismo dos sistemas estaduais”, disse Mendonça ao falar sobre a distribuição dos conteúdos da base durante os três anos do ensino médio.
 
Segundo a secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães, a tendência é de que o primeiro ano seja concentrado na base e que, a partir do segundo ano, as escolas comecem a flexibilizar e diversificar o currículo com os chamados itinerários formativos, em que o estudante poderá escolher entre cinco áreas de estudo: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. O projeto prevê que os alunos escolham a área na qual vão se aprofundar já no início do ensino médio.
 
Mendonça Filho esclareceu, ainda, que os estados terão suporte técnico e financeiro para a implementação do novo currículo e do tempo integral. Segundo o ministro, R$ 1,5 bilhão já foram disponibilizados para este ano e o próximo para aumentar as matrículas no ensino integral. Hoje, 6% das matrículas do ensino médio são para o ensino integral e a meta é dobrar esse número em três anos.
 
Protagonismo
 
Mendonça Filho defende que os jovens podem decidir sobre a área de conhecimento em que querem se aprofundar durante o ensino médio. “Eles estarão acentuando o protagonismo e a área de conhecimento que já é da vocação, para que eles possam decidir a trajetória. Ninguém vai fazer uma escolha definitiva sobre o curso, como faz no vestibular”, disse.
 
“Não vamos fazer uma legislação sobre a exceção, ela tem que contemplar a maioria”, disse sobre aquelas pessoas que acabam desistindo e mudando a formação profissional ao longo da vida.
 
Enem e indicadores
 
Segundo o ministro da Educação, nos próximos anos, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também vai se adequar à realidade do novo ensino médio. “Mas quero tranquilizar os estudantes que farão o Enem em 2017 e 2018 de que nenhuma mudança ocorrerá de forma repentina e, sim, obedecerá a esse ritmo de ampliação do ensino médio. O Enem é um reflexo do aprendizado do aluno. Uma mudança mais substancial se dará a partir de 2019”, disse.
 
Para Mendonça, a reforma do ensino médio não será responsável por uma mudança repentina e que a percepção nos indicadores educacionais do país também será gradual. Entretanto, segundo ele, as mudanças já promoverão a equidade entre os alunos de escola pública e de escolas privadas.
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