Data de publicação: 23-03-2017 10:31:00

PM morre após ser atropelado por trem, em Contagem

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Fotos: Robson Rodrigues

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Um grave acidente de trabalho vitimou o soldado Maurício da Silva Oliveira, de 35 anos, na tarde da última quarta-feira (22). Em perseguição a suspeitos no bairro Bela Vista, o policial seria o terceiro componente da guarnição a atravessar a linha férrea, mas foi atropelado e arrastado pela composição.

Segundo o tenente-coronel Flávio Henrique Nazi Azeno, os policiais avistaram indivíduos em atitude suspeita, foram atrás para realizar a abordagem, mas, ao atravessar a linha, o policial escorregou, caiu e foi atropelado.

“O maquinista chegou a acionar o freio de emergência, mas não deu tempo de parar. Uma viatura que estava próximo ao local ajudou no socorro, mas infelizmente o soldado chegou ao Hospital Municipal de Contagem em estado crítico e não resistiu”, contou o tenente.

De acordo com ele, o soldado Maurício fazia parte da corporação há oito anos e estava casado há apenas três meses.

“Os riscos são inerentes à nossa profissão. Quando nós entramos para a corporação, sabemos que vamos passar por situações onde os riscos serão iminentes. Então isso faz parte do contexto da profissão de policial militar. Agradecemos a solidariedade de todos e digo que para defender a sociedade esses riscos, para nós, sempre serão válidos”. 

Ainda segundo o tenente Flávio, o soldado Maurício, que fazia parte do 2º Batalhão de Policiamento Especializado, será sepultado em Inhapim, no Vale do Aço, a pedido da família. 

Foto: Reprodução Facebook
Soldado Maurício da Silva Oliveira estava casado há apenas três meses

Testemunhas

Moradores do bairro que não quiseram se identificar relataram que vários outros acidentes já ocorreram no mesmo local, que tem acesso fácil pela Via Expressa. Existe uma escada e um portão que fica constantemente aberto, pelo qual qualquer pessoa pode atravessar a linha férrea para chegar ao bairro Bela Vista, do outro lado da passagem de nível.

Segundo moradores que têm casas às margens da travessia, as composições costumam passar em maior velocidade pelo local para evitar os assaltos às cargas que aconteciam no passado. 

O local exato onde o policial foi atropelado fica bem próximo a uma curva e não dá para perceber o trem se aproximando. O soldado Mauricio foi arrastado por cerca de cinquenta metros e as marcas ficaram pelos trilhos. 

Os moradores confirmam que a travessia é realmente perigosa, mas todos costumam se arriscar para cortar o caminho e diminuir a distância entre o bairro e a Via Expressa.

Nota 

A VLI, empresa que administra a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), em nota, lamentou o falecimento do policial militar na manhã desta quinta-feira (23). "O policial atravessava correndo a linha férrea quando caiu sobre os trilhos, surpreendendo o maquinista, que acionou os freios de emergência, mas não teve tempo hábil de parar a composição. Após o acionamento dos freios, um trem carregado pode percorrer até um quilômetro antes de parar completamente, devido ao seu peso. A VLI se solidariza com a Polícia Militar de Minas Gerais e está à disposição das autoridades", diz o texto.
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