Diretores e técnicos do órgão promoveram um curso de boas práticas de manipulação de alimentos na quarta (19) e na quinta-feira (20), no auditório da Nova Faculdade.
Segundo o diretor geral da Vigilância Sanitária de Contagem, Marcílio Alves dos Santos, a ideia é estabelecer uma parceria com os feirantes com o objetivo de melhorar a qualidade dos produtos comercializados em todas as feiras existentes na cidade.
“Tem anos que a Vigilância não faz fiscalizações nas feiras de Contagem, mas não queremos pegar ninguém de surpresa. Por isso, oferecemos esse curso com ênfase na manipulação correta dos alimentos. Autuação e apreensão são o último recurso da Vigilância Sanitária, primeiro a capacitação em favor da saúde”, explicou o diretor.
Ainda de acordo com Santos, os feirantes e também os consumidores sabem das irregularidades existentes nas feiras.
Com o objetivo de sanar as irregularidades e promover a segurança alimentar das feiras do Eldorado, do Amazonas, de Nova Contagem e do Durval de Barros, palestras foram ministradas com direito a certificados de participação.
Esclarecimentos
O professor de Química Adilson Ferreira Silva, pós-graduado em vigilância sanitária pelo Hospital Sírio Libanês (ANVISA) e inspetor de saúde de Contagem desde 1989, explicou como funciona e quais são as atribuições da Vigilância Sanitária.
“Todos os tipos de alimentos industrializados ou não são alvos de fiscalizações da Vigilância Sanitária. Toda a cadeia, que vai desde a preparação à entrega ao consumidor final, deve ser fiscalizada. Por isso a importância de aprender e estabelecer as boas práticas”, explicou.
De acordo com o professor, deve-se evitar o reaproveitamento de embalagens, principalmente aquelas utilizadas para armazenar produtos de limpeza.
Já a inspetora de saúde e farmacêutica bioquímica Rosemeire Valadares Santana, ministrou o curso de “Boas práticas de manipulação de alimentos” para os feirantes presentes.
“Quem oferece alimentos de boa qualidade tem condições de vender mais e ganhar mais dinheiro. As informações que passo e que estão na cartilha entregue aos participantes é para mostrar os cuidados que os feirantes devem ter para que nenhum consumidor adoeça após consumir produtos oferecidos nas feiras”, advertiu.
A bioquímica alertou para a importância da higiene das mãos e das caixas de isopor, da refrigeração, da temperatura e do acondicionamento dos alimentos. A etiquetagem das embalagens dos alimentos fracionados foi amplamente recomendada para evitar autuações.
“A contaminação dos alimentos acontece por micro-organismos e não podemos deixar que eles sejam mais espertos que a gente. Precisamos impedir que as bactérias se multipliquem e afetem a qualidade dos alimentos”, reassaltou.
De acordo com a feirante Magna Aparecida de Miranda, há muitos anos a feira está abandonada. “Precisamos de uma direção e orientações. Há 28 anos trabalho na feira comercializando alimentos e quero que os clientes voltem sempre”.
Capacitação
Também estiveram presentes no encontro o gestor Tércio de Sales Morais e o veterinário José Renato de Rezende Costa. Ambos fazem parte da equipe da Vigilância Sanitária de Contagem e reafirmaram o compromisso de capacitar os feirantes antes de começarem a fase de fiscalização.
No final, alguns feirantes fizeram perguntas. Os técnicos responderam várias delas, mas o diretor Marcílio Alves dos Santos esclareceu que outros cursos devem acontecer e que as questões de responsabilidade de outros órgãos serão respondidas por setores responsáveis pela administração municipal.
“As feiras vão continuar funcionando e não será fechada nenhuma delas. Nós não queremos punir ninguém, queremos que as feiras funcionem bem para o bem de todos”, finalizou o diretor.
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