Data de publicação: 28-04-2017 12:46:00

Trump não descarta conflito com Coreia do Norte, mas espera saída diplomática

Lava Jato Dias
Visita de Xi-Jinping ao presidente dos Estados Unidos, Donal Trump, no início do mês
 
Foto: Reprodução Facebook
 
Agência Brasil
 
"Existe uma chance de que acabemos tendo um grande, grande conflito com a Coreia do Norte". A declaração do presidente Donald Trump é o destaque de uma entrevista exclusiva veiculada nesta sexta-feira (28) pela Agência Reuters. Trump falou do acirramento da tensão na região, mas afirmou preferir a saída diplomática.
 
“Adoraríamos solucionar as coisas diplomaticamente, mas é muito difícil", frisou. A entrevista foi destaque a imprensa americana, à véspera de Trump atingir, no sábado (29), a marca dos 100 dias no comando da Casa Branca.
 
Com a Coreia do Norte, ele enfrenta o maior desafio até o momento.
 
O país intensificou exercícios militares na área e estuda sanções econômicas para a Coreia do Norte, além de aproximação para uma saída diplomática. Nesta sexta-feira haverá uma reunião extraordinária no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o tema.
 
Tensão
 
Nas semanas anteriores, Donald Trump mandou mensagens mais duras, inclusive com a visita do vice-presidente Mike Pence ao Japão e à Coreia do Sul. Anteriormente, Trump vinha dando declarações ameaçadoras direcionadas ao líder Kim Jong-Un. O vice-presidente disse que a negociação estava descartada, pelo menos por enquanto.
 
Na entrevista, Donald Trump inverteu o discurso ao dizer que o conflito não está descartado, mas que espera uma saída diplomática.
 
Uma possível abertura ao diálogo já havia sido indicada pelo governo chinês. Na última quinta-feira (27), o Ministério das Relações Exteriores da China parabenizou os Estados Unidos pela mudança de postura.
 
Para o governo chinês, Trump está, neste momento, mais aberto ao diálogo. Os Estados Unidos haviam pedido ajuda à China para pressionarem o líder Kim Jong-Un a abandonar os testes nucleares.
 
Durante a visita do presidente chinês Xi-Jinping aos Estados Unidos no começo deste mês, Donald Trump insistiu no tema.
 
A China pediu cautela e, naquele momento, disse que a falta de diálogo só acirraria o quadro. Antes da visita do presidente chinês, Trump havia feito críticas também ao governo do país oriental, dizendo que esperava mais dedicação.
 
Na entrevista à Reuters, ele afirmou ter visto empenho da parte do presidente chinês. "Acredito que ele está se esforçando muito. Sei que ele gostaria de ser capaz de fazer algo".
 
Reação
 
A China mandou um recado mais duro ontem à Coreia do Norte e disse que poderia definir algum tipo de sanção ao país, caso fosse feito um novo teste de míssil nuclear. Trump reconhece que a China está em comunicação constante com Pyongyang e que o governo chinês já havia solicitado a interrupção dos testes nucleares.
 
Na entrevista, Trump disse, ainda, que não pode opinar sobre o perfil do líder norte-coreano. "Não sei dizer se ele é racional, mas eu espero que ele seja", afirmou ao ser perguntado sobre a personalidade de Kim Jong-Un.
 
"Ele tem 27 anos, seu pai morreu, e ele assumiu um regime", disse. "Então diga o que você quer, mas isto não é fácil, especialmente nesta idade", ponderou.
 
Kim Jon-Un tem respondido com envio de mensagens agressivas a Washington, como vídeos que simulam o lançamento de bombas em território norte-americano e a destruição do país. A preocupação dos Estados Unidos e aliados com a Coreia do Norte é proporcional à capacidade nuclear do país.
 
O Pentágono e agentes infiltrados na região acreditam que os norte-coreanos estão avançando na produção de mísseis nucleares.
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