Foto: Robson Rodrigues
O representante dos moradores das ocupações William Rosa e Marião fecharam um acordo com a Prefeitura de Contagem e com o governo do Estado, na última segunda-feira (26). A negociação prevê a desocupação do terreno da Ceasa Minas e o conjunto habitacional no bairro Maria da Conceição até o dia 15 de julho.
Ficou acordado que os moradores vão receber bolsa aluguel no valor de R$ 450 reais e a garantia que será construído um novo conjunto habitacional no município, no prazo de 18 meses. Participaram da reunião o prefeito de Contagem, Alex de Freitas (PSDB), o representante da Companhia de Habitação de Minas Gerais (COHAB-MG), Alessandro Marques e o representante das 432 famílias das duas ocupações, Lacerda Santos.
Segundo o prefeito de Contagem, Alex de Freitas, a bolsa moradia de R$ 450 reais mensais será pago durante um ano e meio.
“Este é o tempo previsto para a construção das moradias definitivas por meio do programa do governo federal “Minha Casa Minha Vida”, faixa I. A prefeitura possui 10 terrenos públicos em estudo para a construção do Conjunto Habitacional que abrigará os moradores das Ocupações Willian Rosa e Marião. A liberação da documentação da Caixa Econômica Federal deve levar 15 dias”, explica o prefeito.
De acordo com o presidente da COHAB, Alessandro Marques, as bolsas aluguel serão pago pelo governo estadual, por meio do Fundo Estadual da Habitação.
O representante dos moradores, Lacerda Santos, diz que os moradores não tiveram outra saída a não ser a apresentada pelo governo. “Mesmo com o acordo firmado, as famílias ainda se sentem inseguras e temem o não pagamento dos alugueis sociais. Mas diante de uma possível desocupação violenta, não restou outra opção a não ser aceitar o que foi oferecido”, explica Lacerda.
A secretaria de habitação do município informou que já fez o cadastramento das 450 famílias e que a documentação está em fase de conferência.
A ocupação Willian Rosa surgiu em outubro de 2013. No início chegou a abrigar quase 3 mil famílias, conforme dados dos representantes do movimento. No fim 2016, cerca de 700 famílias permaneciam no terreno.