Foto: Reprodução Internet

 
Alexandre Cézar de Oliveira Melo*
 
Estamos vivendo um contexto de hipercompetitividade. De um lado estão as empresas que enfrentam os desafios diários de superação dos concorrentes, seja pela qualidade, pelo preço ou pelo prazo de entrega. Do outro lado, estão os profissionais que concorrem entre si para conquistar e/ou manter os empregos.
 
Pessoas constituem o principal ativo das empresas. E o que justifica essa afirmação são as infinitas capacidades humanas para criar, inovar, produzir e solucionar problemas para si mesmas, para a organização onde trabalham e para a sociedade em que vivem.
 
Estando motivadas e totalmente engajadas na filosofia organizacional, as pessoas produzem mais e melhor. Como consequência disso, as empresas se tornam melhores no que fazem e mais agressivas perante a concorrência.
 
Quando uma empresa abre as portas para receber novos talentos, ela potencializa as forças internas. Os processos serão discutidos por profissionais experientes e jovens que possuem os conceitos teóricos, recentemente adquiridos nos bancos das salas de aula, mas que necessitam confrontá-los com a realidade profissional.
 
Consolidando as potencialidades internas da organização, os gestores terão maior segurança para decidir sobre ações estratégicas que poderão fazer a diferença junto à concorrência. A tomada de decisão será mais assertiva no aproveitamento das oportunidades existentes no mercado onde atua a organização.
 
De acordo com a Lei nº 11.788/08, que regulamenta o instituto dos estágios no país, a atividade é definida como um ato educativo escolar supervisionado que visa à inserção do estudante no ambiente do trabalho e a preparação para o êxito na carreira profissional. Poderão estagiar estudantes regularmente matriculados e frequentes nos cursos dos níveis médio, técnico e superior. A legislação permite o estágio para alunos dos dois últimos anos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), mas poucas são as vagas oferecidas a esse perfil.
 
A contratação de estagiários é benéfica para as empresas em virtude do estímulo do intercâmbio entre teoria e prática; da possibilidade de contratação de novos e potenciais talentos com custos reduzidos; da menor burocracia, caso ocorra a necessidade de desligamento; rápida adaptação desses novos talentos à cultura e aos valores da empresa; do cumprimento da cota de responsabilidade social perante a comunidade onde está inserida. Tradicionalmente, as empresas mineiras acreditam e investem na contratação de estagiários.
 
Pelo Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG), atualmente são 12 mil estudantes realizando estágio em empresas de diversos segmentos em todo o território mineiro. Com 38 anos de atuação no Estado, a instituição já beneficiou mais de 450 mil estudantes com oportunidades de estágio nas diversas áreas de formação.
 
Mesmo no momento mais difícil da recente crise enfrentada pelos brasileiros, as empresas não deixaram de contratar estagiários e como a economia apresenta modestos sinais de melhora, a expectativa do CIEE/MG para este ano é bastante otimista, pois são esperadas 5 mil novas contratações somente no primeiro trimestre do ano.
 
*Professor, administrador e supervisor de Comunicação do CIEE/MG.
 
(O conteúdo dos artigos publicados pelo jornal Diário de Contagem é de responsabilidade dos respectivos autores e não expressa a opinião do veículo.)