Data de publicação: 28-05-2018 18:00:00

Quanto pior, melhor

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Foto: Robson Rodrigues

Estamos vivendo momentos difíceis com a greve dos caminhoneiros. Após décadas de ditadura, governos populistas e impeachment, agora vivemos uma crise de abastecimento sem precedentes, provocada por um governo ilegítimo. 

A greve dos caminhoneiros serve para mostrar aos governos federal, estadual e municipal o quanto o sistema é frágil e fácil de ser quebrado. Serve também para mostrar a importância do transporte ferroviário, abandonado no passado e no presente.

A greve mostra a todos nós que, por mais complexa que seja a cadeia produtiva, o transporte é capaz de desmontar qualquer planejamento logístico. 

O governo federal sabia dessas fragilidades, foi avisado que poderia haver uma paralisação geral do transporte, mas fez pouco e subestimou o poder dos caminhoneiros e dos empresários do ramo. 

Na verdade, o governo Temer não agiu a tempo, foi lento na reação, não ouviu a categoria, não atendeu aos anseios dos caminhoneiros e ficou refém da situação.

Os governos federal, estadual e municipal não sabem ouvir, não sabem governar beneficiando o povo e o pequeno empresário. Só governam privilegiando grupos de políticos, banqueiros e grandes empresários. Para isso, criam leis, editam decretos e usam todos os recursos jurídicos em beneficio próprio.

Lentidão

Segundo o governo federal, para atender às reivindicações dos caminhoneiros, será necessário editar decretos. Por que não edita logo esses decretos? Por que os decretos se tornaram difíceis, nesse caso? 

O certo seria atender às reivindicações que são justas e, depois, resolver de onde virão os recursos para custear o desconto no preço do diesel. É preciso fazer com que tudo volte à normalidade e depois se discuta os remanejamentos financeiros.

Mas parece que nem o governo nem parte da sociedade querem uma solução rápida e proativa. O governo quer mostrar poder e muitos brasileiros desejam que a greve continue. Nas redes sociais, tem pessoas que querem o confronto e ainda pregam a intervenção militar.

São brasileiros radicais que torcem pelo fim da democracia. Jovens que não sabem como foi o período da ditadura e muitos adultos com mais de 50 anos, que viveram a ditadura, mas se esqueceram das torturas e da falta de liberdade de expressão que o regime submetia a todos os brasileiros. 
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