Foto: Polícia Civil/Divulgação

 
Oito funcionários da Vale – quatro gerentes (dois executivos) e quatro integrantes de equipes técnicas – foram presos nesta sexta-feira (15), em uma operação deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por envolvimento direto na segurança e na estabilidade da Barragem 1 da mina Córrego do Feijão, que se rompeu no último dia 25 e matou centenas de pessoas em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
 
Todos eles tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada, “tendo em vista fundadas razões de autoria ou participação dos investigados na prática de centenas de crimes de homicídio qualificado, considerados hediondo”, de acordo com o MPMG. Ainda segundo o órgão, também são apurados crimes ambientais e de falsidade ideológica.
 
A operação teve, ao todo, 14 mandados de busca e apreensão (de documentos, computadores e celulares) e oito de prisão temporária cumpridos pelas Polícias Civil e Militar de Minas Gerais com o apoio dos Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e de São Paulo.
 
Quatro funcionários (um diretor, um gerente e dois integrantes do corpo técnico) da empresa alemã Tüv Süd – que prestou serviços para a Vale, referentes à estabilidade da barragem rompida – foram alvos de buscas e apreensões, na capital mineira e em São Paulo. Um mandado também foi cumprido na sede da mineradora, no Rio de Janeiro.
 
Ações
 
“Os documentos e provas apreendidos serão encaminhados ao MPMG para análise. De acordo com os promotores de Justiça, as medidas estão amparadas em elementos concretos colhidos até o momento nas investigações conduzidas pela força-tarefa e são imprescindíveis para a completa apuração dos fatos”, informou o Ministério Público mineiro.
 
O pedido formulado pelo MPMG foi feito por intermédio da Promotoria de Justiça de Brumadinho, da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das Bacias dos Rios das Velhas e Paraopeba, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Gepp), no âmbito de força-tarefa.
 
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