Fotos: Divulgação

A madrugada dessa quinta-feira (21) foi aterrorizante para moradores de vários bairros da cidade de Contagem. A tempestade durou cerca de uma hora, tempo suficiente para causar estragos e muitos prejuízos.

A chuva forte, acompanhada de relâmpagos e trovões, começou logo após a meia-noite. O bairro Jardim Riacho das Pedras, região de muitas moradias e grandes empresas do ramo de transporte, foi bastante castigado.

Em um condomínio na avenida Régulus, dezenas de carros foram inundados e arrastados mesmo dentro do estacionamento. Moradores dos apartamentos que ficam no nível da garagem perderam tudo e não tiveram tempo para salvar nada, somente as vidas.

As moradias foram invadidas por água, lama e lixo. A enxurrada invadiu uma quadra de esportes, derrubou um muro e alagou o condomínio.

Ninguém ficou ferido, mas os carros dos moradores ficaram empilhados. Uma moto foi parar debaixo de um carro. Os carros ficaram boiando até que um deles derrubou a vidraça que cerca o condomínio. Só assim a água abaixou e permitiu a saída dos moradores.

Famílias do térreo precisaram de ajuda dos vizinhos para saírem de dentro de casa. A perda foi total. Somente no início da manhã, os moradores e comerciantes da região puderam contabilizar os prejuízos.
 
Enchentes recorrentes

As avenidas Francisco Firmo de Matos, no Riacho e Vila Rica, no bairro Inconfidentes ficaram alagadas novamente.

A enxurrada forte invadiu casas, comércios e impediu o trânsito de pedestre e veículos. Moradores e comerciantes ao longo da avenida Francisco Firmo de Matos reclamam da obra da bacia de contenção de enchentes que há anos se arrasta sem conclusão.

Segundo os afetados, a obra inacabada agravou a situação e está colocando a vida da população em risco.

A Defesa Civil de Contagem esteve nos locais das enchentes para dar assistência aos afetados. A orientação foi para a população evitar as áreas de alagamentos do município.

A prefeitura de Contagem não se pronunciou a respeito das obras da bacia de contenção da avenida Francisco Firmo de Matos que se encontra inacabada, nem da bacia que ainda não começou a ser construída na Vila Samag. A área que foi desapropriada há vários anos.