Data de publicação: 08-04-2019 17:17:00 - Última alteração: 13-04-2019 19:41:56

Ministro da Educação é demitido e sai pelos fundos

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Foto: Folha - Uol

Presidente Jair Bolsonaro exonerou na manhã dessa segunda-feira (8), no Palácio do Planalto, o então Ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez, responsável por várias trapalhadas na pasta que irritaram a oposição e até aliados do governo. O presidente agradeceu ao ex-ministro pelos serviços prestados e Velez deixou o local pela saída privativa, sem falar com a imprensa.

Abraham Weintraub vai ocupar o cargo de Ministro da Educação. Mestre em Administração na área de Finanças com títulos reconhecidos em escolas no Brasil, Holanda, Estados Unidos, China e México, o professor tem ampla experiência em gestão.

Além de professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Weintraub foi executivo do mercado financeiro, atuou no grupo Votorantim e foi membro do comitê de Trading da BM&FBovespa.

Em 2016, coordenou a apresentação de uma proposta alternativa de reforma da previdência social formulada pelos professores da Unifesp e recentemente, atuava como secretário executivo da Casa Civil, sob o comando de Onyx Lorenzoni.


Abraham Weintraub, novo ministro da Educação (Foto: Rafael Carvalho/Casa Civil)

Quem é Vélez

O colombiano Ricardo Vélez Rodríguez é formado em filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana e em teologia pelo Seminário Conciliar de Bogotá. Mestre em Pensamento Brasileiro pela PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), doutor em Pensamento Luso-Brasileiro pela Universidade Gama Filho e pós-Doutor pelo Centro de Pesquisas Políticas Raymond Aron (Paris). E professor emérito da Escola de Comando e estado Maior do Exército.

100 dias de trapalhadas

Em pouco mais de três meses de governo, Velez demitiu 15 funcionários no alto escalão do ministério. As últimas foram do assessor especial Bruno Meirelles Garschagen e da chefe de gabinete Josie Priscila Pereira de Jesus.

O presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) Marcus Vinicius Rodrigues também foi demitido, mas logo após a demissão, Vélez Rodríguez foi chamado para prestar esclarecimentos na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.  

A participação do ministro na CCJ foi considerada um desastre pelo alto escalão do governo. Líderes de diferentes partidos pediram a saída do ministro da pasta.

Em fevereiro, o MEC enviou uma carta oficial para diretores de escolas sugerindo que as crianças deveriam ler o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro, o que é ilegal, e cantar o Hino Nacional. Os alunos também deveriam ser gravados e as filmagens enviadas ao MEC. Diante da repercussão negativa, o ministério voltou atrás.

Entrevistas desatrosas

À revista Veja, Vélez declarou que o brasileiro no exterior se comporta como um “canibal” e “rouba coisas dos hotéis”. No jornal Valor Econômico, ele afirmou que “não existe universidade para todos” e precisou se justificar nas redes sociais.

Vélez Rodríguez afirmou que não houve golpe militar em 1964. "A história brasileira mostra que o 31 de março de 1964 foi uma decisão soberana da sociedade brasileira. Quem colocou o presidente Castelo Branco no poder não foram os quartéis", declarou em entrevista.

Para completar, afirmou que iria revisar os livros didáticos, para que tenham uma “visão mais ampla da história”. Diante de tantas trapalhadas, a demissão de Vélez foi considerada tardia.
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