Data de publicação: 18-04-2019 17:30:00

BR-356 é liberada após quase dois meses fechada por risco em barragem

Jornal Diário de Contagem On-Line
Foto: Google Mapas
 
Agência Brasil
 
A Defesa Civil de Minas Gerais normalizou na noite da última quarta-feira (17) o tráfego no trecho da rodovia federal BR-356, que estava funcionando em operação “pare e siga” desde 21 de fevereiro.
 
A estrada dá acesso a cidades históricas mineiras como Itabirito, Ouro Preto e Mariana e chegou a ser totalmente interditada em 20 de fevereiro por estar na zona de inundação da barragem Vargem Grande, localizada em Nova Lima. A estrutura, pertencente à Vale, está paralisada devido a riscos de rompimento.
 
De acordo com nota divulgada pela Defesa Civil, a liberação da rodovia foi acordada em uma audiência com a participação da mineradora, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Polícia Militar. "O encontro teve por objetivo a apresentação de um estudo técnico elaborado por empresa contratada pela Vale que demonstrou a viabilidade de uma operação assistida na BR-356", diz a nota. A assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) formalizou o acordo.
 
Foi montada uma estrutura de intervenção que funcionará 24 horas por dia e que permitirá a adoção das medidas necessárias em caso de risco à segurança dos usuários da rodovia.
 
Interdição
 
A interdição de estruturas, com o consequente fechamento de acessos e evacuação de moradores, tem sido adotada em diversas cidades mineiras desde a tragédia de Brumadinho, em 25 de janeiro, quando o rompimento de uma barragem da Vale na Mina do Feijão provocou mais de 200 mortes e acendeu o alerta em relação a estruturas semelhantes. Atualmente, segundo dados da mineradora, 755 moradores estão fora de casa em Barão de Cocais, Nova Lima, Ouro Preto e Rio Preto. Em Brumadinho, há outros 271 desabrigados.
 
Em Barão de Cocais, onde mais de 400 pessoas deixaram os lares devido aos riscos envolvendo a Barragem Sul Superior, na Mina de Gongo Soco, está em avaliação um projeto da Vale para construção de um enorme muro, com 35 metros de altura e 307 metros de comprimento, para conter rejeitos em caso de ruptura. Moradores tomaram conhecimento da proposta na semana passada.
 
A Vale possui mais de 15 barragens com operações suspensas em Minas Gerais. Na semana passada, decisões do TJMG afetaram mais três estruturas: a barragem Campo Grande, em Mariana, e as barragens Galego e Dique da Pilha 1, situadas na Mina Córrego do Meio, em Sabará. A Vale também foi obrigada, entre outras medidas, a contratar auditorias técnicas independentes que possam analisar as condições de estabilidade. Por outro lado, a mineradora anunciou na última terça-feira (16) que uma decisão judicial lhe permitirá retomar as atividades na Mina de Brucutu, a maior de Minas Gerais.
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