Data de publicação: 30-05-2019 16:44:00

Anac recomenda veto a proibição de cobrança por franquia de bagagem

WRV Produções
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
 
Agência Brasil
 
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recomendou que o governo vete a parte do projeto de lei aprovado no Congresso Nacional que proibiu a cobrança de franquia de bagagem pelas companhias aéreas em voos domésticos. A manifestação da agência consta de nota técnica encaminhada nesta quinta-feira (30) ao Ministério da Infraestrutura.
 
Na semana passada, o Congresso Nacional aprovou a Medida Provisória 863/18, que liberou 100% de participação de capital estrangeiro nas empresas aéreas do país. Uma emenda no texto, também aprovada, retomou a gratuidade para bagagem de até 23 quilos (kg) em aviões com capacidade acima de 31 lugares, nos voos domésticos. O texto estabelece ainda a gratuidade de até 18 kg para as aeronaves de 21 a 30 lugares, e de até 10 kg se o avião tiver apenas 20 assentos.
 
O projeto, agora, aguarda a sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), que tem a prerrogativa de vetar trechos da proposta. Na última quarta-feira (29) o porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros, disse que o presidente vai analisar estudos de órgãos vinculados ao governo para decidir se mantém o despacho gratuito de bagagens.
 
A cobrança por franquia de bagagem foi liberada pela Anac em 2016. Uma resolução da agência reguladora estabeleceu que as empresas poderiam cobrar pelo despacho e que o passageiro teria o direito a levar, na cabine da aeronave, apenas uma bagagem de mão de até 10 kg.
 
O projeto aprovado no Congresso Nacional diz ainda que no caso de voos internacionais, o franqueamento de bagagem será feito pelo sistema de peça ou peso, até o limite de 32 kg, segundo o critério adotado em cada área.
 
"A cobrança de serviços a? parte da tarifa incrementou as possibilidades de diferenciação de produtos e discriminação de preços no setor aéreo. Na prática, isso se refletiu em uma maior possibilidade de concorrência entre as empresas, que passaram a concorrer não apenas por preços, mas pela qualidade, por meio dos tipos de produtos ofertados. Isso representa, também, mais opções e transparência aos consumidores do transporte aéreo", disse a Anac na nota.
 
Cade
 
Nesta semana, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também se manifestou sobre o projeto. Em ofício enviado à Casa Civil na terça-feira (28), o conselho recomendou veto ao trecho que determina o fim da cobrança pela franquia de bagagem.
 
De acordo com o documento, a manutenção da medida afeta os investimentos no mercado aéreo e prejudica a concorrência no setor, podendo “impactar diretamente o modelo de negócios das empresas aéreas de baixo custo (low cost) que estão entre as principais interessadas em entrar no Brasil”.
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