Data de publicação: 01-12-2019 22:42:00 - Última alteração: 03-12-2019 14:47:37

Eleição para conselheiros tutelares é repetida em Contagem

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Escola Municipal José Ovídio Guerra, um dos locais de votação

Foto: Robson Rodrigues

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Pleito realizado pela segunda vez no ano aconteceu neste domingo (1º), após várias mudanças. Devido a denúncias de irregularidades, a primeira eleição foi cancelada pela Comissão Organizadora Central. Mesmo assim, ainda houve relato de transporte irregular de eleitores disponibilizado por políticos.

A votação aconteceu das 8h às 17h, em 49 locais, em todas as regiões da cidade. Além do site da prefeitura, nos locais de votação foram afixadas as relações com os endereços, além dos nomes e dos números dos candidatos.

A Comissão Organizadora Central, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, utilizou nesse pleito a base de dados de eleitores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), reduziu o número de locais de votação, melhorou a fiscalização e a segurança.

As medidas impediram a boca de urna e a possibilidade de um mesmo eleitor votar várias vezes em locais diferentes. Foi exigido um documento de identidade com foto, a identificação do eleitor na lista do TRE e a assinatura antes de votar.

Reportagem

Nos locais de votação visitados pela reportagem do DC Online, os coordenadores relataram que, desta vez, tudo correu dentro da normalidade, de forma tranquila, sem filas ou confusões.

Na Escola Municipal Francisco Borges da Fonseca, no bairro Santa Cruz, o movimento maior foi no período da manhã, segundo a coordenadora Jaqueline Cabral, que também coordena o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro Parque São João.

“A votação de hoje foi bem tranquila, bem diferente da votação de outubro. É importante que as pessoas venham votar em candidatos que realmente estejam dispostos e capacitados para a função. Não adianta votar em candidatos que querem somente o salário. Os conselheiros tutelares são responsáveis por garantir os direitos das crianças e dos adolescentes em situação de risco social, missão muito importante, que, se não for feita corretamente, pode comprometer todo o trabalho dos CRAS”, afirmou a coordenadora.

Ainda segundo Jaqueline, cerca de 700 funcionários da prefeitura foram convocados para participar do pleito.

Eleitor consciente

O gerente de vendas André Milrad votou acompanhado da esposa e da filha. Ele ressaltou a importância de ajudar a escolher os conselheiros tutelares. “Sou pai e acho importante participar da escolha daqueles que vão ajudar a proteger as crianças desamparadas. Tenho hoje a oportunidade que não tive há quatro anos, quando não consegui votar devido à grande confusão em praticamente todos os locais de votação”, lembrou Milrad.

Outros locais de votação

Na Escola Municipal José Ovídio Guerra, que geralmente recebe grande fluxo de eleitores, desta vez teve o movimento foi tranquilo, para surpresa dos funcionários designados para o local de votação.

Renato Humberto, da Equipe de Apoio, confirmou que a votação seguiu sem incidentes, tumultos ou filas, como aconteceu nas eleições passadas.

O Centro Social Urbano (CSU) do Eldorado também recebia grande número de eleitores, mas, desta vez, o pleito seguiu tranquilo. Mesmo assim, na fila, ouvimos um relato de transporte irregular de eleitores disponibilizado por políticos.



Sem se identificar, o eleitor disse que transporte irregular ainda é oferecido por políticos da cidade. “Não aceitei porque moro perto e preferi vir de bicicleta. Mas estou fazendo uma selfie a pedido do vereador para comprovar meu voto. Assim, todos saem ganhando”, disse.

Contagem tem 35 conselheiros tutelares (cinco em cada um dos sete conselhos distribuídos pelas regionais), que atuam na sua respectiva região durante um mandato de quatro anos.
 
A eleição para os Conselhos Tutelares municipais acontecem na mesma data em todo o Brasil. Mas, neste ano, as eleições foram canceladas no município após denúncias de irregularidades como compra de votos, transporte irregular de eleitores, duplicidade e inconsistências na votação.
 
Comissão Organizadora Central
 
Tentamos contato com o presidente da Comissão Organizadora Central, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Wellington Broa, responsável pela organização e pela condução do processo eleitoral, conforme preconiza o artigo 139 da Lei nº 8.069/90, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Mas, até o fechamento desta matéria, não tivemos retorno
 
Missão
 
O Conselho Tutelar é um órgão criado pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, para garantir proteção integral às crianças e aos adolescentes do país. Ele atua por meio de denúncia de ameaça ou violação consumada de direitos, e também fiscaliza entidades, mobiliza a comunidade para o exercício de direitos assegurados a todo cidadão, cobrando os melhores acompanhamento e atendimento à criança e ao adolescente, bem como à família deles.
 
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