Data de publicação: 04-05-2020 17:59:00

PGR pede investigação de agressões a jornalistas durante manifestação

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Foto: Internet/Reprodução
 
Agência Brasil
 
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu nesta segunda-feira (4) ao Ministério Público do Distrito Federal que apure as agressões sofridas por jornalistas durante manifestação ocorrida no domingo (3) em Brasília (DF). No ofício enviado ao órgão, Aras defende a responsabilização penal dos autores.
 
“Tais eventos, no entender deste Procurador-Geral da República, são dotados de elevada gravidade, considerada a dimensão constitucional da liberdade de imprensa, elemento integrante do núcleo fundamental do Estado Democrático de Direito”, afirmou Aras.
 
No domingo, data em que se celebrava o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o fotógrafo Dida Sampaio, do jornal O Estado de S. Paulo, foi agredido com socos e chutes quando tentava registrar fotos do presidente da República cumprimentando manifestantes em frente ao Palácio do Planalto. Além de Sampaio, que precisou ser hospitalizado, o motorista do jornal Marcos Pereira foi derrubado com uma rasteira. Os agredidos deixaram o local escoltados pela Polícia Militar. Jornalistas de outros veículos também foram hostilizados durante o ato.
 
As agressões foram repudiadas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e por entidades da sociedade civil.
 
Os manifestantes levavam faixas com mensagens contrárias ao Congresso Nacional e ao STF e de apoio ao presidente.
 
Violência inaceitável
 
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, também se posicionou sobre o episódio. Por meio de nota, ele afirmou que agressão a profissionais de imprensa é “inaceitável”. Ele defendeu a liberdade de expressão e destacou que as Forças Armadas prezam pela independência e pela harmonia entre os Poderes da República.
 
“As Forças Armadas cumprem a sua missão Constitucional. Marinha, Exército e Força Aérea são organismos de Estado, que consideram a independência e a harmonia entre os Poderes imprescindíveis para a governabilidade do país. A liberdade de expressão é requisito fundamental de um país democrático. No entanto, qualquer agressão a profissionais de imprensa é inaceitável”, diz um trecho da nota.
 
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que acompanhou as manifestações de domingo, disse que não viu, do alto da rampa do Palácio do Planalto, as agressões, mas defendeu a punição dos responsáveis.
 
Na nota, o ministro Fernando Azevedo e Silva ainda defendeu que o país se concentre no combate à pandemia do novo coronavírus e que os militares devem respeitar a “lei, a ordem, a democracia e a liberdade”.
 
“O Brasil precisa avançar. Enfrentamos uma pandemia de consequências sanitárias e sociais ainda imprevisíveis, que requer esforço e entendimento de todos. As Forças Armadas estarão sempre ao lado da lei, da ordem, da democracia e da liberdade. Este é o nosso compromisso”, concluiu.
Comentários

Charge


Flagrante


Boca no Trombone


Guia Comercial


Enquetes


Previsão do Tempo


Siga-nos:

Endereço: Av. Cardeal Eugênio Pacelli, 1996, Cidade Industrial
Contagem / MG - CEP: 32210-003
Telefone: (31) 2559-3888
E-mail: redacao@diariodecontagem.com.br