Foto: Internet/Reprodução

 
Kleber Colomarte*
 
O planeta ficou doente e todos ao redor do mundo, sem distinção, foram afetados. Com maior ou menor intensidade, de uma maneira ou de outra, a pandemia da Covid-19 impactou a vida de todos. Empresas tiveram que fechar as portas e os funcionários foram para casa à espera de uma solução para o problema. Muitas dessas, possivelmente, não voltarão mais a abrir. Seguramente, aquelas com um lastro devido ao trabalho duro dos anos anteriores retornarão após essa crise, mas sentirão os feitos perversos dela antes de voltarem à normalidade.
 
De acordo com o modelo de negócio, há ainda aquelas empresas se reinventando e que conseguiram, do dia para a noite, converter as atividades presenciais em atendimento home office e seguem operando com quedas de produtividade e reduções drásticas de faturamento. Esse novo modelo exige sérias mudanças e investimentos para que as empresas possam continuar as operações.
 
Essas transformações têm exigido mais ainda dos experientes funcionários, muitos deles forjados no curso de datilografia treinando o famoso “AS D F G – C L K J H”, ou aqueles que, mais recentemente, passaram pelo curso superior com um “potente 386”, salvando os trabalhos de conclusão de curso em disquetes que mal comportavam cinco folhas para entregar aos professores.
 
Parecia tão simples chegar ao escritório e trabalhar e, de repente, foi necessário transferir o desktop para a residência, entender porque a conexão com a internet não estava funcionando, como entrar em uma videoconferência, ou mesmo como se comportar em uma. Com o distanciamento social vieram as lives, webinar, conferências, simpósios virtuais e tantas outras ferramentas que foram descobertas por um público que não era muito adepto a essa tecnologia.
 
Nesse cenário, que parece ter tanta complexidade tecnológica para uns, surgem profissionais que se destacam pela facilidade em lidar com tanta tecnologia. Aquilo que para a geração das teclas mecânicas parecia ser tão tecnológico, para a geração do touch screen parece seguir um curso mais natural. Parece que o jovem tem um talento natural para lidar com a tecnologia. E, então, depois de pedir ajuda aos adolescentes para desbloquear um aplicativo no celular, percebemos o valor da ajuda que um jovem pode oferecer na troca de experiências no dia a dia corporativo. Nesse sentido, os colaboradores “mais experientes” também podem aprender um pouco com esses jovens para se adaptarem ao novo.
 
Descobrir esses talentos no ambiente corporativo durante o período de estágio é comum em várias empresas que decidiram abrir as portas para desenvolverem uma atividade de responsabilidade social, recebendo o estudante para desenvolver na prática o aprendizado adquirido em sala de aula. Ao fim dessa etapa, a empresa pode identificar os melhores e mais dedicados entre aqueles que estão ainda no período de formação acadêmica para fazerem parte do quadro de pessoal.
 
O Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG), ao longo de 40 anos de atuação no Estado, tem conseguido transformar a vida de muitos jovens que conseguiram a primeira oportunidade no mercado de trabalho por meio dos programas de estágio e de aprendizagem. Colaborar com a qualificação profissional dos jovens é a nossa missão.
 
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*Superintendente Adjunto do CIEE/MG.
 
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