Data de publicação: 15-06-2020 18:38:00 - Última alteração: 15-06-2020 18:38:57

Estudo mostra que coronavírus já circulava no país antes do distanciamento

Lava Jato Dias
Foto: Internet/Reprodução
 
Agência Brasil
 
Um estudo que envolveu pesquisadores do Brasil e do Reino Unido mostra que o novo coronavírus já circulava no país antes da adoção de medidas de distanciamento social. Para fazer a análise, o grupo identificou 427 genomas do vírus no Brasil a partir dos dados de 7.900 amostras de laboratórios públicos e privados. O trabalho foi publicado na plataforma medRxiv e ainda não passou pela revisão da comunidade científica.
 
O estudo identificou que entre 22 e 27 de fevereiro, três tipos do vírus, provavelmente vindos da Europa, estavam presentes no país e conseguiram se estabelecer antes das medidas para restringir o contágio. O primeiro caso no Brasil foi confirmado em São Paulo, em 24 de fevereiro, em um homem que tinha voltado de viagem à Itália. As primeiras medidas de distanciamento social só foram adotadas no Estado a partir de 16 de março, e o fechamento dos serviços não essenciais, em 24 de março.
 
O trabalho também mostra que as medidas de distanciamento social conseguiram reduzir a disseminação da doença no país. Para avaliar esse impacto, os pesquisadores cruzaram o número de mortes diárias com dados sobre deslocamento da população fornecidos pela empresa de geolocalização In Loco e pelo Google.
 
Retrocesso
 
Apesar dos efeitos positivos, o estudo mostra que com a queda na adesão ao distanciamento social em São Paulo, houve também um aumento na velocidade de transmissão da doença.
 
A pesquisa mostra ainda que as viagens dentro do Brasil tiveram um papel importante para que o novo coronavírus circulasse entre as diferentes regiões. Segundo o artigo, as “altamente populosas e bem conectadas áreas urbanas do Sudeste agem como principais fontes de exportação do vírus dentro do país”, apontam os pesquisadores após analisar também as distâncias médias das viagens de avião no período da pandemia.
 
Assinam o trabalho pesquisadores ligados a 44 instituições no Brasil e no Reino Unido. Entre eles, está o grupo do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da Universidade de Oxford, na Inglaterra, que, em fevereiro, fez o primeiro sequenciamento genético do novo coronavírus na América Latina.
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