Foto: Robson Rodrigues
No último domingo (18), o coletivo Boi Rosado realizou uma live com a participação de músicos, artistas, jornalistas e ambientalistas. Severino Iabá ressaltou os elementos que levaram a criação do Boi que homenageia Guimarães Rosa.
Boi Rosado
Criado há 12 anos pelo professor nordestino Severino Iabá, o Boi Rosado além de homenagear o escritor Guimarães Rosa, se transformou em causa ambiental e até em um bloco de carnaval.
Boi Rosado Ambiental produz mudas de árvores nativas e frutíferas, e doa para o replantio. Mutirões são realizados e voluntários colocam as mãos na terra para tornar possível a recuperação de áreas degradas.
Já o bloco de Carnaval “Folguedo Boi Rosado”, participa da folia de Belo Horizonte e busca fortalecer a cultura popular brasileira por meio da literatura e dos ritmos baião, coco, frevo, ciranda e congado.
Live
Jornalista e poeta Brenda Marques e o professor e poeta Severino Iabá
Mediada pela brincante do Boi, Aline das Santas, a live contou com a participação do criador do Boi Rosado, o professor e artista plástico Severino Iabá, da poetisa e jornalista Brenda Marques e do grupo Flor do Cerrado, representado pelos músicos Alberto Buxexa e Mauro Jorge.
Severino Iabá explicou que o Boi Rosado é fruto de uma construção coletiva e o projeto Boi Rosado Ambiental foi um desdobramento do Boi Rosado criado para mudar a cultura e fazer com que todos passem a proteger o verde de Contagem em constante ameaça.
“Nesses 12 anos de existência do Boi Rosado muitas pessoas fizeram parte dessa construção. Minha família no nordeste, os amigos de lá de daqui, meus alunos, parceiros e os brincantes do Boi Rosado Ambiental. Agradeço a todos que fizeram parte dessa história”.
Iabá lembrou também do “Manifesto das Flores”, projeto criado para homenagear a cidade de Belo Horizonte que o acolheu quando chegou do nordeste.
“Em 2003, no contexto de esperança surgiu o Manifesto das Flores que foi um momento de celebração. Foram cerca de 50 mil flores de papel crepom para protestar contra a violência contra as pessoas e o meio ambiente. Foi na época em que Jean Charles de Menezes foi morto na Inglaterra”, contou Iabá.
O professor contou que o encontro com a obra de Guimarães Rosa, durante visita a cidade de Cordisburgo, serviu de inspiração para a criação do Boi Rosado. “As flores de papel crepom do Manifesto das Flores passaram a fazer parte do Boi Rosado e se transformou no bumbá da esperança e da liberdade. Precisamos nos libertar, sermos mais solidários, justos e defensores do meio ambiente”, enfatizou Severino Iabá.
Convidados
A mediadora da live, Aline das Santas, se produziu pra o encontro e criou um cenário especial para homenagear o Boi Rosado e Guimarães Rosa.
“Agradeço o legado do Boi Rosado que enche nosso coração de alegria. Essa manifestação tão rica que vai muito além da tradição. O Boi Rosado é essencial para a nossa existência”, afirmou a brincante do Boi.
A jornalista e poeta Brenda Marques, fundadora e presidente do Instituto Imersão Latina – IMEL, contou que está junto com o Boi Rosado desde o início. Ela começou sua participação lendo parte da obra de Guimarães Rosa.
“Amo a cultura, sobretudo a cultura popular e a obra de Guimarães Rosa. Conheci o Boi Rosado em um grande arraial no Parque Municipal, em BH. Foi um grande cortejo da cultura popular que amo”, disse.
Flor do Cerrado
A live foi finalizada com um show do Flor do Cerrado, voz e percussão de Alberto Buxexa e Mauro Jorge, grupo que tem várias músicas autorais.
Buxexa ressaltou os dez anos do grupo Flor do Cerrado e disse que nessa caminhada encontrou o Boi Rosado.
“O rosa do Boi Rosado, nem sempre é a cor da Flor do Cerrado. Mas a luta resistente do Boi Rosado tem a mesma persistência da luta da Flor do Cerrado. Na estrada sempre cabe mais um em nosso jardim. O Boi Rosado foi amor à primeira vista e tem tudo haver com a nossa música e com a nossa cultura”, declamou e ressaltou Buxexa.
O show da Flor do Cerrado seguiu homenageando o boi com muitas cantigas, cirandas e poesias do professor Alberto Araújo, mais conhecido como Alberto Buxexa.
Link relacionado:
Projeto Boi Rosado Ambiental doa mudas de árvores em BH
Boi Rosado
Criado há 12 anos pelo professor nordestino Severino Iabá, o Boi Rosado além de homenagear o escritor Guimarães Rosa, se transformou em causa ambiental e até em um bloco de carnaval.
Boi Rosado Ambiental produz mudas de árvores nativas e frutíferas, e doa para o replantio. Mutirões são realizados e voluntários colocam as mãos na terra para tornar possível a recuperação de áreas degradas.
Já o bloco de Carnaval “Folguedo Boi Rosado”, participa da folia de Belo Horizonte e busca fortalecer a cultura popular brasileira por meio da literatura e dos ritmos baião, coco, frevo, ciranda e congado.
Live
Jornalista e poeta Brenda Marques e o professor e poeta Severino Iabá
Mediada pela brincante do Boi, Aline das Santas, a live contou com a participação do criador do Boi Rosado, o professor e artista plástico Severino Iabá, da poetisa e jornalista Brenda Marques e do grupo Flor do Cerrado, representado pelos músicos Alberto Buxexa e Mauro Jorge.
Severino Iabá explicou que o Boi Rosado é fruto de uma construção coletiva e o projeto Boi Rosado Ambiental foi um desdobramento do Boi Rosado criado para mudar a cultura e fazer com que todos passem a proteger o verde de Contagem em constante ameaça.
“Nesses 12 anos de existência do Boi Rosado muitas pessoas fizeram parte dessa construção. Minha família no nordeste, os amigos de lá de daqui, meus alunos, parceiros e os brincantes do Boi Rosado Ambiental. Agradeço a todos que fizeram parte dessa história”.
Iabá lembrou também do “Manifesto das Flores”, projeto criado para homenagear a cidade de Belo Horizonte que o acolheu quando chegou do nordeste.
“Em 2003, no contexto de esperança surgiu o Manifesto das Flores que foi um momento de celebração. Foram cerca de 50 mil flores de papel crepom para protestar contra a violência contra as pessoas e o meio ambiente. Foi na época em que Jean Charles de Menezes foi morto na Inglaterra”, contou Iabá.
O professor contou que o encontro com a obra de Guimarães Rosa, durante visita a cidade de Cordisburgo, serviu de inspiração para a criação do Boi Rosado. “As flores de papel crepom do Manifesto das Flores passaram a fazer parte do Boi Rosado e se transformou no bumbá da esperança e da liberdade. Precisamos nos libertar, sermos mais solidários, justos e defensores do meio ambiente”, enfatizou Severino Iabá.
Convidados
A mediadora da live, Aline das Santas, se produziu pra o encontro e criou um cenário especial para homenagear o Boi Rosado e Guimarães Rosa.
“Agradeço o legado do Boi Rosado que enche nosso coração de alegria. Essa manifestação tão rica que vai muito além da tradição. O Boi Rosado é essencial para a nossa existência”, afirmou a brincante do Boi.
A jornalista e poeta Brenda Marques, fundadora e presidente do Instituto Imersão Latina – IMEL, contou que está junto com o Boi Rosado desde o início. Ela começou sua participação lendo parte da obra de Guimarães Rosa.
“Amo a cultura, sobretudo a cultura popular e a obra de Guimarães Rosa. Conheci o Boi Rosado em um grande arraial no Parque Municipal, em BH. Foi um grande cortejo da cultura popular que amo”, disse.
Flor do Cerrado
A live foi finalizada com um show do Flor do Cerrado, voz e percussão de Alberto Buxexa e Mauro Jorge, grupo que tem várias músicas autorais.
Buxexa ressaltou os dez anos do grupo Flor do Cerrado e disse que nessa caminhada encontrou o Boi Rosado.
“O rosa do Boi Rosado, nem sempre é a cor da Flor do Cerrado. Mas a luta resistente do Boi Rosado tem a mesma persistência da luta da Flor do Cerrado. Na estrada sempre cabe mais um em nosso jardim. O Boi Rosado foi amor à primeira vista e tem tudo haver com a nossa música e com a nossa cultura”, declamou e ressaltou Buxexa.
O show da Flor do Cerrado seguiu homenageando o boi com muitas cantigas, cirandas e poesias do professor Alberto Araújo, mais conhecido como Alberto Buxexa.
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Projeto Boi Rosado Ambiental doa mudas de árvores em BH
