Data de publicação: 23-10-2020 16:43:00

Obras de artista contagense podem ser vistas em exposição em BH

Jornal Diário de Contagem On-Line
Foto: Jomar Bragança/Divulgação
 
Dezenas de obras do artista contagense Desali podem ser vistas até o próximo dia 31 na exposição gratuita “Rua Mútua – Retrospectiva Grupo Entre Aspas + Desali”, que está em cartaz na AM Galeria de Arte, em Belo Horizonte. É possível fazer visitas presenciais (mediante agendamento) ou virtuais.
 
Cerca de 30 pinturas em técnicas variadas e uma grande instalação de desenhos feitos sobre jornal foram selecionadas por Warley de Assis Rodrigues (o Desali) para essa mostra. Abordando temas como o cotidiano na periferia e a realidade dos jovens negros no Brasil, ele propõe uma narrativa sobre o presente, pautada pela exclusão social e pela segregação dos espaços urbanos nas grandes cidades.
 
“Ser da periferia marcou profundamente a minha vida e a minha produção artística. Entre fotografia, vídeo, performance e pintura, minha produção é uma conexão entre o mundo dos excluídos, que me circunda desde que nasci, e o mundo da arte”, diz o artista.
 
O trabalho individual do contagense está exposto junto a uma retrospectiva dos 14 anos do Grupo Entre Aspas, do qual Desali faz parte. O coletivo baseia-se na criação de esculturas efêmeras e instalações que questionam a mobilidade, a convivência e a socialização no espaço urbano.
 
Sobre a visitação
 
O agendamento da visita presencial à exposição “Rua Mútua – Retrospectiva Grupo Entre Aspas + Desali” pode ser feito pelo e-mail contato@amgaleria.com.br ou pelos telefones (31) 3223-4209 e (11) 99233-1138. São agendados 20 visitantes a cada 30 minutos. A medida segue os protocolos de segurança contra a Covid-19.
 
Para quem preferir ficar em casa, é possível acessar o viewing room da exposição pelo site da galeria, criado para que o público realize um tour virtual pelo espaço.
 
O artista
 
Desali é formado e pós-graduado em artes plásticas pela Escola Guignard, da Universidade Estadual de Minas Gerais. Seu trabalho transita por múltiplas linguagens, como a pintura, a fotografia, a ação performativa e o vídeo. Marcada pela subversão das hierarquias tanto artísticas quanto sociais, sua obra faz com que os resíduos da cidade, as memórias mais ínfimas ou mesmo o lixo possam ter valor artístico, assim como a figura do artista é vista com ironia e tratada de modo comum.
 
Ele atua para promover o contato entre a periferia, as camadas sociais desfavorecidas e o universo da arte, questionando as instituições artísticas tradicionais e contaminando-as com a energia da rua.
 
AM Galeria de Arte
Rua do Ouro, 136 – Serra | Belo Horizonte
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