Equipe do Cras, Secretário Leonardo Antunes, Lya Lena Lacerda e Junia Lott

Fotos: Robson Rodrigues Moreira

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O seminário, realizado no último sábado, 18 de julho, no Espaço Bem Viver Mário Covas, foi promovido pelo Centro de Referência da Assistência Social – Casa da Família/Unidade Sede (CRAS).

Com o objetivo de assistir aos cidadãos excluídos da sociedade, a população que vive em situação de vulnerabilidade social, decorrente da pobreza, da privação, da ausência de renda, da falta de acesso aos serviços públicos e por não terem vínculos afetivos familiares, o CRAS, através da Coordenadoria da Assistência Social e Transferência de Renda, ligada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, procura, de forma descentralizada, desenvolver programas, projetos, serviços e benefícios da Assistência Social em bases local, regional e municipal.

Parcerias com o 3º Setor

O CRAS/Casas da Família trabalha com o auxílio indireto das entidades e organizações não-governamentais da Assistência Social de cada área de abrangência, procura mostrar a importância de se mapear e conhecer as instituições, propondo um trabalho de forma distribuída (em redes).

Atualmente, compõem o núcleo de desenvolvimento da Rede Social/Sede 37 Instituições Sem Fins Lucrativos e 17 líderes comunitários que se localizam nos 65 bairros atendidos pelo CRAS. Estas entidades e lideranças estão dispostas a atuar ajudando a identificar as famílias em vulnerabilidade para que se possam priorizar os atendimentos em curto, médio e longo prazo.

Objetivos do seminário

O seminário teve a finalidade de integrar o setor privado às políticas de Responsabilidade Social da região de abrangência do CRAS – Sede, visando o desenvolvimento social e enfatizando a importância das empresas em contribuir com esse desenvolvimento.

A gerente do CRAS – Sede, Marina Regina Artur, fez a abertura do seminário agradecendo a presença de todos e enfatizando a importância da participação das entidades sociais, dos líderes comunitários e das empresas patrocinadoras para o sucesso do trabalho social.

A coordenadora de Assistência Social e Transferência de Renda, Gláucia Lucas Coelho, enfatizou que a assistência social organiza as pessoas na cidade para que todas tenham condições dignas de vida.

Palestra

Lya Lena Lacerda e Junia Lott, do Projeto Eco Bolsa, falaram de questões ambientais, mas especificamente dos resíduos plásticos descartados na natureza.

“O Projeto Eco Bolsa começou com a ideia de aproveitar restos de tecidos na fabricação de bolsas e se expandiu utilizando banners de vinil. Não somos contra o plástico, só queremos diminuir o impacto causado à natureza de forma social e sustentável. Os banners são usados pelas empresas em larga escala e é com essa matéria-prima que fabricamos bolsas, sacolas e aventais. Queremos, com a bolsa ecológica, reduzir o uso de sacolas de plástico no dia-a-dia, como acontece nas padarias e supermercados”, disse Lya Lena.

“O empreendedorismo é a vontade de querer fazer e fazer. Sabemos das dificuldades da coleta seletiva de lixo, por isso é preciso aprender a fazer o descarte seletivo para facilitar a reciclagem. Em um ano e oito meses, o Projeto Eco Bolsa conseguiu atingir uma produção de cerca de mil bolsas de lona de banner por mês. A geração de empregos e renda e a continuidade do projeto só são possíveis porque existem várias empresas que fornecem o material e compram as bolsas. Digo que o apoio das empresas é fundamental para o sucesso do Projeto Eco Bolsa”, enfatizou Junia Lott.

Marketing Social

Claudia Ferreira Matos, técnica do CRAS e Gestora da Informação e do Conhecimento, falou da importância do marketing social, informando que os consumidores preferem consumir produtos de empresas que investem no social, isto é, empresas com responsabilidade social. “É difícil se mobilizar, mas quando a comunidade abraça uma ideia é possível realizar os projetos”.

Executivo

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Contagem, Leonardo Antunes, disse que seria importante ter uma lei que restrinja a utilização do plástico, mas, como secretário, pretende conscientizar as empresas para as questões ambientais e buscar parcerias.

“Gostei do Projeto Eco Bolsa, é viável e sugiro que projetos dessa natureza sejam apresentados aos empresários prontos, porque sei que eles não têm tempo de participar da elaboração, mas querem participar”, ressaltou o secretário.

Parecer jurídico

Maria das Dores Pedrosa, advogada convidada, disse que não adianta o projeto ser bom e não dar lucro e visibilidade para os patrocinadores em forma de publicidade. “O patrocínio é a prática mais indicada para manter um projeto social, por causa dos incentivos fiscais. A Lei Rouanet pode ser aplicada na captação de recursos para projetos sociais onde os investimentos podem ser deduzidos do Imposto de Renda das empresas”, explica.

Lideres comunitários

Mauricio Peçanha, da Associação dos Deficientes de Contagem (ADC), disse que a educação ambiental deveria começar na escola infantil e se estender durante a vida estudantil das crianças.

O presidente associação Comunitária dos Moradores do Bairro nossa Senhora do Carmo, José Gomes Roberto (Zezinho), disse que é preciso criar uma consciência ecológica, recusar as sacolas plásticas e criticar os empresários que poluem. “É importante que os projetos sociais tenham profissionais de assistência social formados para que as comunidades sejam bem atendidas”.

Glaucia Maria de Barros, do Instituto Gerdau, disse que a crise financeira atingiu, principalmente, as indústrias siderúrgicas de Minas Gerais. “A Gerdau patrocinou vários projetos culturais e sociais no ano de 2008, mas com a produção praticamente parada tivemos que repensar e ajudar os mais necessitados. Diminuímos os investimentos, mas não paramos, estamos dando prioridade aos projetos que assistem as crianças e adolescentes”, informou.

Marilda Antonia de Pádua, líder comunitária Bairro Perobas, falou sobre o carinho com que os membros do Centro de Referência da Assistência Social – Casa da Família/Unidade Sede – CRAS têm com as comunidades assistidas.

Após o seminário e as respostas às questões levantadas, os participantes foram convidados para um lanche e uma visita ao stand do Projeto Eco Bolsa e dos livros do Deputado Estadual Durval Ângelo, que disponibilizou dezenas de exemplares da coleção “Conselhos de Cidadania Exercício de Democracia”.

CRAS – Centro de Referência da Assistência Social – Casa da Família/Unidade Sede
Rua Manoel de Matos, 126 - Central Park
Telefone: 3352-5361

Projeto Eco Bolsa
www.projetoecobolsa.com.br
contato@projetoecobolsa.com.br
Telefone: (31)  3293.9691