Foto: Adelcio Ramos/PMC
Em meio à pandemia de Covid-19, outra ameaça circunda os contagenses: o Aedes aegypti. Embora tenham ficado em segundo plano nos últimos meses, as arboviroses (doenças causadas por vírus transmitidos por artrópodes, como o mosquito em questão) continuam sendo um risco à saúde da população.
De acordo com o Levantamento de Infestação Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), em janeiro, Contagem registrou risco médio de proliferação do transmissor da dengue, da zika e da chikungunya, caracterizando estado de alerta, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os bairros em situação mais crítica no mês passado eram Industrial, Eldorado e Riacho.
As larvas do mosquito foram encontradas principalmente em garrafas PET, latas, sucatas, entulhos de construção, vasos de plantas, garrafas retornáveis e recipientes de degelo de geladeiras.
“A dengue, a zika e a chikungunya, concomitantes à Covid-19, podem fazer com que as pessoas fiquem ainda mais debilitadas, e a chance de necessidade de internação e, muitas vezes, até de UTI, aumenta bastante”, ressalta o superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, José Renato Costa.
Descuido perigoso
Segundo a secretaria, o fato de mais de 50% dos focos estarem dentro das residências é um dos fatores que mais dificulta o combate ao vetor dessas doenças. “É preciso eliminar todos os objetos que acumulem água. Quando não puderem ser descartados, é preciso que sejam devidamente vedados ou tratados”, salienta o superintendente.
Por meio do LIRAa, é verificada a situação do município e quais são as regiões com risco mais elevado, bem como quais são os depósitos predominantes de larvas. Em Contagem, o levantamento é feito em 288.208 imóveis (incluindo residenciais, comerciais e terrenos baldios, por exemplo).