Foto: PCMG/Divulgação
Treze pessoas foram presas durante a operação “Washing”, deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) na manhã desta quinta-feira (11) em Contagem, Belo Horizonte, Santa Luzia, Coronel Fabriciano, Vespasiano, Sete Lagoas e Ponte Nova.
Cerca de cem policiais participaram da ação, que faz parte das investigações de um esquema de lavagem de dinheiro. Além das prisões, a Justiça decretou o bloqueio de R$ 393 milhões e o sequestro de veículos e imóveis de uma organização criminosa.
Segundo a PCMG, o grupo, comandado por duas pessoas, usava empresas de fachada, cadastradas em nome de laranjas, para ocultar a movimentação de dinheiro ilícito. Os montantes eram recebidos em várias contas a fim de simular a regularidade das operações. A corporação acredita que a quadrilha tenha movimentado R$ 761 milhões, valor que seria utilizado para fomentar o tráfico de drogas em todo o país.
Apuração
“Essa investigação se iniciou em Ponte Nova, quando, no ano passado, em uma ação conjunta entre a Polícia Civil, o Ministério Público e a Polícia Militar, foi realizada a operação ‘Aves de Rapina’, que prendeu mais de 30 pessoas por tráfico de drogas. O resultado dessa operação é que foram identificados, com as pessoas presas, vários depósitos bancários em nome de empresas sediadas em Belo Horizonte e em outros Estados”, disse o delegado Silvério Rocha.
A partir daí, o Ministério Público solicitou uma investigação para apurar o possível crime de lavagem de dinheiro. O trabalho da PCMG, então, apontou para esse núcleo sediado no Estado mineiro, que, embora seja independente, mantinha relações com outras duas organizações no Mato Grosso e no Nordeste brasileiro.
“Nesse período, duas operações já foram deflagradas: uma pela Polícia Federal no Mato Grosso (com bloqueio de aproximadamente R$ 37 milhões) e a segunda pela Polícia Civil de Pernambuco (com prisões inclusive em Minas Gerais e apoio da polícia mineira)”, informou a corporação.
O nome da operação desta quinta-feira faz referência à expressão “lavagem de dinheiro”, que teria se originado nos Estados Unidos na década de 20. De acordo com a PCMG, as investigações continuam.