Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 
AGÊNCIA BRASIL
 
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (19) que o preço médio da gasolina em suas refinarias terá uma redução de R$ 0,14 por litro, o que representa uma queda de 4,95%. O reajuste começa a valer a partir do próximo sábado (20). O preço médio do combustível ficará em R$ 2,69 por litro. Já o preço do diesel não sofrerá alteração, permanecendo em R$ 2,86 por litro.
 
O impacto do reajuste nas refinarias, porém, não repercute de forma imediata nos postos de combustíveis. De acordo com nota divulgada pela estatal, as variações para mais ou para menos estão associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio, e têm influência limitada sobre o valor repassado aos consumidores finais.
 
“Como a legislação brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, a mudança no preço final dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis”, diz o texto.
 
Essa é a primeira redução anunciada em 2021. De janeiro para cá, o preço médio da gasolina já sofreu seis aumentos. Com o novo anúncio, o combustível passa a acumular alta de R$ 46,2% desde o início do ano. Já o diesel subiu 41,6%.
 
A sequência de aumentos gerou críticas públicas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No mês passado, ele anunciou mudanças no comando da Petrobras, indicando o general Joaquim Silva e Luna para a presidência. Ele deverá substituir Roberto Castello Branco, cujo mandato se encerra no sábado. O anúncio da troca gerou queda nas ações da empresa.
 
Na terça-feira (16), o Comitê de Pessoas da Petrobras considerou que Luna preenche os requisitos legais para a indicação e o considerou apto a exercer o cargo. O general precisa ainda ser eleito em assembleia geral dos acionistas, convocada para 12 de abril. Em seguida, seu nome deve ser aprovado pelo Conselho de Administração da estatal, composto por 11 membros. Sete deles são indicados pela União, que é a acionista majoritária, três pelos demais acionistas e um pelos empregados.