Data de publicação: 08-04-2021 19:02:00 - Última alteração: 08-04-2021 19:02:56

Estoque de sedativos acaba em três dias em Minas

Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG
 
Com um estoque escasso de medicamentos, sobretudo dos sedativos utilizados nos pacientes com Covid-19 que estão intubados, grande parte de Minas Gerais seguirá na onda roxa do plano Minas Consciente ao menos até o dia 18.
 
O anúncio foi feito pelo secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, durante uma coletiva de imprensa concedida ao lado do governador Romeu Zema (Novo) nesta quinta-feira (8).
 
Esta é a terceira vez que a fase mais restritiva é prorrogada no Estado. Inicialmente prevista para ser encerrada em 2 de abril, ela foi estendida até o dia 4, e, depois, até o dia 11. Somente a macrorregião Triângulo do Sul e as microrregiões de São Gotardo, Montes Claros/Bocaiúva e Taiobeiras poderão avançar para a onda vermelha a partir da próxima segunda-feira (12). A macrorregião Triângulo do Norte já fez essa mesma progressão no início desta semana.
 
Kit intubação ameaçado
 
Atualmente, a falta de medicamentos acende o alerta máximo em Minas. De acordo com Zema, depois de enfrentar problemas no fornecimento de oxigênio, a escassez de sedativos é o maior motivo de preocupação, atualmente.
 
“As unidades hospitalares do Estado, que trabalhavam com um estoque para 60 dias ou mais, hoje têm estoque para, no máximo, três dias. Isso é muito preocupante. Estamos correndo o risco de pacientes intubados acordarem porque faltou sedativo, e sabemos que isso não pode ocorrer de forma alguma”, advertiu o governador, ressaltando que uma mudança de procedimento adotada pelo Ministério da Saúde foi a causadora da crise. “O ministério fez requisição administrativa desses insumos e não tem conseguido distribuir na velocidade adequada. Hoje, a situação é crítica e, amanhã, podemos ter notícias desagradáveis em relação a isso caso o fornecimento não seja normalizado”, afirmou.
 
Na tentativa de solucionar o problema, o governo estadual tem buscado medidas paliativas, segundo Zema, como o remanejamento do estoque atual, e compras alternativas inclusive no exterior.
 
Descompasso
 
Diante do agravamento desse cenário, a abertura de novos leitos para pacientes com Covid-19 não tem surtido o efeito esperado. Na última quarta-feira (7), o Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, ganhou mais dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
 
Segundo o secretário estadual de Saúde, esses reforços vêm contribuindo com a redução da fila de espera, que, no momento, registra 615 pessoas em todo o território mineiro – Minas Gerais tem, hoje, 4.635 leitos de UTI e 20.878 de enfermaria.
 
“[Para] todo paciente que se encontra em um município que não tem capacidade de atender, [a prefeitura] encaminha a informação e a regulação estadual busca em outros municípios e regiões uma vaga. Estamos vendo uma queda no número de casos na regulação. Vivemos um momento difícil em que todas as regiões estavam com um sistema de saúde muito tenso, mas agora já conseguimos o deslocamento de pacientes de locais que não conseguem dar assistência adequada”, disse Baccheretti.
 
Apesar dos indicadores darem um sinal de esperança, a possibilidade de um colapso devido à falta de kits de incubação preocupa. “Temos poucos medicamentos e sedativos. Nosso papel é evitar o aumento de casos, já que isso implica maior consumo”, alertou o secretário.
 
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