Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

 
AGÊNCIA BRASIL
 
Uma pesquisa feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostrou que a maioria dos brasileiros já sofreu ou conhece alguém que tenha sido vítima de tentativas de fraude de dados pessoais. A maior parte dos brasileiros também teme essa violação. Os dados foram revelados pelo estudo “Segurança de Dados no Brasil – Febraban/Ipespe”, divulgado nesta sexta-feira (2).
 
Para 91% dos entrevistados, esse tipo de crime aumentou durante a pandemia. Nos últimos 12 meses, os próprios entrevistados ou familiares foram vítimas, sendo as situações mais comuns aquelas que envolvem o recebimento de mensagens ou de ligação telefônica com solicitação fraudulenta de dados pessoais ou bancários (43%) e pedido de depósito ou transferência de dinheiro para amigo ou parente (34%).
 
Também foram citadas entre essas tentativas de fraudes a cobrança fraudulenta ou a compra indevida no cartão de débito ou crédito (29%); a invasão do e-mail ou das redes sociais, com alguém assumindo o controle da conta sem permissão (18%); a clonagem de celular ou do WhatsApp (18%); a tentativa de abertura de linha de crédito ou solicitação de empréstimo usando o seu nome (15%); e a invasão e o acesso a dados bancários (14%).
 
A maioria das pessoas entrevistadas na pesquisa (86%) disse ter medo de ser vítima de fraudes ou violações de dados pessoais, e um terço (33%) disse acreditar que está menos segura. Elas estimam que, nos próximos cinco anos, a segurança dos dados pessoais vá evoluir (54% disseram acreditar nisso).
 
“Segurança digital é um tema que a sociedade precisa encarar de frente e já o está fazendo, pois, diariamente, esses crimes afetam pessoas e empresas, ganham espaço no noticiário econômico, político e policial envolvendo não só o cidadão, mas grandes corporações e instituições públicas e privadas”, disse o presidente da Febraban, Isaac Sidney, ao comentar a pesquisa.
 
Perfil
 
Entre os entrevistados, a maioria também considera que a privacidade nos meios eletrônicos seja mito (59%) e que as informações possam ser acessadas por outros. Aproximadamente 79% dessas pessoas mostraram preocupação em como as empresas e instituições têm utilizado seus dados pessoais, percentual que é maior do que a preocupação gerada em relação aos governos (60%).
 
A pesquisa demonstrou ainda que apenas 11% das pessoas entrevistadas conhecem muito bem as leis de proteção de dados e que 45% conhecem mais ou menos a legislação.
 
A pesquisa foi realizada de 18 a 25 de junho e ouviu 3.000 pessoas nas cinco regiões do país.
 
Segundo dados da Febraban, os ataques de phishing (tentativa de roubo de senhas e dados pessoais pela internet) cresceram 100% no primeiro bimestre deste ano em relação ao ano passado. Já os golpes da falsa central telefônica e do falso funcionário de banco cresceram 340%.
 
A pesquisa pode ser acessada pelo site da federação.