Foto: Divulgação/PCMG
Um equipamento avaliado em quase R$ 1 milhão foi comprado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) para auxiliar na perícia de bebidas. O aparelho foi adquirido por meio do Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor, em convênio com o Ministério Público do Estado.
Agora, a PCMG é a segunda polícia do país a contar com o equipamento. Os investigadores mineiros tiveram contato com o instrumento em 2020 quando foi preciso pedir apoio à polícia do Distrito Federal para analisar as cervejas da Backer contaminadas com dietilenoglicol. Dez pessoas acabaram morrendo intoxicadas pela substância.
Como funciona
Segundo a PCMG, o equipamento é capaz de identificar se bebidas alcoólicas (destiladas e fermentadas) e não alcoólicas gaseificadas, como energéticos e refrigerantes, foram adulteradas, em um prazo médio de um dia.
“O equipamento apresenta, com grande precisão, resultados de seis a oito parâmetros da bebida que são fundamentais para a elaboração de um laudo pericial conclusivo. Sem ele, teríamos que fazer a análise de cada parâmetro individualmente, o que poderia demandar vários dias para um parecer final”, explica o perito criminal da PCMG, Pablo Alves Marinho, que atua na Seção Técnica de Física e Química Legal do Instituto de Criminalística.
O analisador também permite indicar se a contaminação das bebidas ocorreu dentro da própria fábrica ou não, já que também aponta violações na embalagem.