Data de publicação: 06-12-2021 20:49:00 - Última alteração: 06-12-2021 21:14:39

Esgoto polui e mata todos os peixes da Lagoa da Gongorra

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Foto: Redes Sociais

Assista o vídeo da tragédia

A Lagoa da Gongorra do bairro Bom Jesus, na região do Nacional, em Contagem, faz parte da Bacia Hidrográfica da Pampulha. Depois de um lançamento irregular de esgoto provocado pela Copasa, a lagoa foi totalmente comprometida.

A Há vários anos, a população e até o poder público local, reclamam dos serviços prestados pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais -  Copasa, a empresa responsável pelo sistema de esgotamento sanitário do município.

A grande mortandade de peixes chamou a atenção de curiosos e houve relatos que a população carente da região estaria recolhendo os peixes para consumo, mesmo depois de serem alertados dos risco iminentes à saúde.

Os moradores denunciaram o crime ambiental e a Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Semad, foi acionada para tomar providências. O advogado e morador da região, Alexandre Silva, disse que o sentimento da comunidade local é de revolta.


Foto: Semad/PMC
 

"A lagoa é um lugar muito conhecido e frequentado pelos moradores que desenvolveram um carinho muito grande pelo espaço. Muitos sonham com um projeto de revitalização que contemple uma pista de caminhada, área de recreação e jardins ao entorno", relatou o morador.


O superintendente de Controle Ambiental da Semad, Eric Machado, esteve no local para fazer uma vistoria. Ele constatou uma grande quantidade de esgoto lançado diretamente no curso d’água, que faz parte da Bacia Hidrográfica da Pampulha. Os técnicos avaliaram a situação e identificaram que o vazamento ocorreu na rua Conceição de Oliveira Ferreira e, posteriormente, nos Pontos de Vistoria-PVs (responsabilidade da Copasa), próximos da Lagoa. A Copasa foi autuada, multada e chamada para tomar providências.

Eric Machado explicou que o lançamento irregular de esgoto causou uma imediata eutrofização, processo de poluição em rios e lagos, que faz a água ficar com coloração turva e com níveis baixíssimos de oxigênio dissolvido na água. “A eutrofização provoca a morte de diversas espécies de animais e vegetais, causando um altíssimo impacto nos ecossistemas aquáticos. Foi o que aconteceu na lagoa do Gongorra”, lamentou. 


Foto: Divulgação ( A lagoa antes da tragédia)

O superintendente disse que foi um crime ambiental muito significativo. “Haviam PVs estourados, o esgoto de alta densidade caiu na lagoa e causou a morte de vários peixes. Foi um prejuízo gravíssimo para a microfauna e flora da região”, explicou. 

A Semad exigiu providências para promover uma solução imediata e a recuperação da área. Segundo a pasta, os valores das multas podem variar de acordo com a legislação. Pela  lei municipal o valor pode chegar a 35 mil reais e pela Lei de Crimes Ambientais, que é federal, o valor pode ser de até 50 milhões de reais. 

A Copasa limpou a área e desentupiu os PVs e a companhia tem o prazo de cinco dias para apresentar à Prefeitura/Semad um plano de recuperação imediata a contar do dia 02 de dezembro.


Foto: Divulgação ( A lagoa antes da tragédia)
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