Data de publicação: 14-12-2021 01:35:00 - Última alteração: 14-12-2021 01:49:09

Ato de Amor a Serra do Curral mobiliza dezenas de movimentos sociais

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Fotos: Robson Rodrigues

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Cerca de 50 movimentos sociais unificados planejaram e realizaram na praça do Papa, no domingo (12), aniversário de BH, um ato em defesa da Serra do Curral. A performance “Vale de Lágrimas Gerais” criada pelo artista plástico Severino Iabá, abriu o evento ressaltando os crimes da mineração em Minas Gerais.

Das 9 às 12hs, artistas, ativistas e famílias inteiras compareceram para comemorar os 124 anos da capital mineira com protestos e um abraço na Serra do Curral, símbolo cultural de Belo Horizonte, que é constantemente cobiçado pela empresa Gerdau e por políticos a serviço das mineradoras.


Segundo o artista, o trabalho é um desdobramento de uma performance realizada em 2015, na Praça Sete intitulada de "Lama de Morte",  que teve a participação da artista plástica Eliane Velozo.

“Este ato é contra a ganância das mineradoras que insistem em minerar em áreas de preservação. Não vamos permitir que o nosso patrimônio seja destruído. Vamos continuar mobilizando a sociedade civil até que o poder público ouça e acate a vontade popular”, ressaltou o artista plástico Severino Iabá. 

O Ato de Amor à Serra do Curral, contou com a participação do público, dos brincantes e amigos do Boi Rosado, coletivo inspirado na obra do escritor Guimarães Rosa e no Boi Bumbá, que deu origem ao Boi Rosado Ambiental para lutar pela proteção do meio ambiente.

Os ambientalistas se uniram para expressar o amor pela Serra do Curral e para exigir o tombamento estadual da serra para evitar o permanente risco de destruição pelas mineradoras.

A praça do Papa foi escolhida para o protesto porque é um ponto de contemplação da Serra do Curral, um mirante bastante frequentado para apreciar a vista da cidade. No local, a cultura, as artes e a gastronomia movimentam o cotidiano e atrai visitantes de todas as partes do Brasil e do mundo. 


Todos os representantes dos movimentos sociais, ambientalistas, ativistas e políticos que lutam para proteger as serras, rios, represas e bacias hidrográficas da região metropolitana, tiveram resguardado o direito de fala.

O objetivo maior do evento foi conscientizar a opinião pública para a importância de proteger e preservar a Serra do Curral e todas as serras ameaçadas pela mineração, especulação imobiliária e pela construção do Rodoanel Metropolitano.

O professor e ambientalista Marcus Vinicius Polignano, diretor do Instituto Guaicuy, enfatizou que a Serra do Curral é um patrimônio histórico, ambiental e hídrico de Belo Horizonte e de Minas Gerais que não está à venda. “Estamos reivindicando o tombamento integral e a preservação da serra. Essa luta é contra a atividade minerária nesse paraíso. A sociedade não admite e não aceita essa exploração e por conta disso estamos aqui hoje”, disse. 



Ameaça iminente

No dia 19 de novembro de 2021, um Projeto de Lei - PL, de autoria do deputado Thiago Cota (MDB), propôs adicionar 75 hectares à área de proteção e retirar outros doze hectares. A tramitação do PL, em três comissões, foi super rápida, em 72h e foi aprovada em reunião realizada perto da meia-noite para que ninguém pudesse participar ou questionar.

O parlamentar admitiu o interesse econômico pela área e ainda justificou que a proposta traz benefícios para a região, desenvolvimento econômico, geração de emprego e renda, além de desenvolvimento social e ambiental. 
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