Foto: Divulgação / Inca

Fonte: Agência Brasil - Rio de Janeiro

As atividades foram retomadas após quase dois anos com a participação da Hope, uma cadela da raça Golden retriever, de três anos de idade. Pacientes e funcionários da Seção de Pediatria do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) comemoraram a volta ao trabalho da terapeuta Hope.

A cadelinha Hope, que ajuda a promover a Terapia Assistida por Animais, no instituto sediado no Rio de Janeiro, retomou as atividades este mês, após quase dois anos afastada, devido aos cuidados com a segurança hospitalar durante a pandemia de covid-19.

Autorizada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Inca, o atendimento da Hope será semanal para as crianças e adolescentes que estão em tratamento oncológico.

A mãe do pequeno Levi Emanuel, Joana Katelin Silva de Souza, contou que o filho conheceu a cadelinha em 2019, quando ficou internado no Inca pela primeira vez, com um ano e três meses de idade, para se tratar de uma malformação linfática. 

“Levi ficou apaixonado pela Hope e acredito que seja assim com todas as crianças. Ela traz um benefício maravilhoso para as crianças em tratamento, acredito nisso. Ela traz alegria para o hospital, é maravilhosa, linda. Hope encanta todo mundo, pacientes e pais também. O retorno da Hope vai ajudar as crianças que estão aqui precisando de todo carinho e suporte”, afirmou Joana.

Segundo a direção do Inca, a Terapia Assistida por Animais foi implementada na Seção de Pediatria do instituto em abril de 2019 e, desde então, vem sendo importante auxílio no desenvolvimento emocional dos pacientes e na promoção do bem-estar.

A médica oncopediatra Bianca Santana, tutora e responsável pelo trabalho do animal no Inca, informou que, durante o período em que a Hope ficou longe das atividades, ela continuou cumprindo ações essenciais para manter a rotina saudável, passeios, aulas de adestramento diários e sessões de fisioterapia na hidroesteira, uma vez por semana.

“Além de muito dócil, Hope recebe adestramento específico para o trabalho desde os primeiros meses de vida. Tanto empenho e cuidado na criação é recompensado quando observamos que a presença dela ajuda a aliviar o estresse e traz mais leveza para o ambiente do hospital”, disse Bianca.

Ainda segundo a direção do Inca, as visitas de Hope seguem rigorosas normas de higiene, como vacinação e vermifugação em dia, consultas periódicas ao veterinário. Além disso, antes de ir ao hospital, a cadelinha toma banho, faz a limpeza das patas e escova os dentes. 

O adestrador André Donza, que acompanha o animal, também cumpre regras sanitárias como apresentar comprovante da vacina contra a covid-19, usar máscara N95 e, o mais importante, evitar o contato físico com os pacientes e os funcionários.

De acordo com a chefe da Seção de Pediatria, Sima Ferman, o projeto de pet terapia é um trabalho bem elaborado e com todos os cuidados necessários. “A visita da Hope é uma experiência enriquecedora e importante dentro da estratégia de atendimento integral aos pacientes", finalizou.