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Um grupo de educadores e ativistas sociais realizaram na praça da Glória, neste domingo (6), um protesto em repúdio aos assassinatos do congolês Moïse Kabagambe e do trabalhador Durval Teófilo Filho, ocorridos durante a semana.
Moïse tinha 24 anos e foi espancado até a morte em um quiosque no Rio de Janeiro. Durval de 38 anos, foi baleado pelo vizinho ao ser confundido com um bandido, somente por ser negro.
Ambos os assassinatos causaram revolta e comoção em todo o mundo. Os familiares das vítimas pedem justiça e a punição exemplar de todos os envolvidos, que estão presos preventivamente.
O superintendente Municipal de Políticas para Promoção de Igualdade Racial, João Pio, também esteve presente no protesto. “Temos que reivindicar justiça e que os nossos direitos de pessoas negras sejam respeitados. Temos que dar um basta na violência instalada em nosso país incentivada pelo atual governo federal”, enfatizou.
Dona Eulália Saboia, mãe da vereadora Moara Sabóia (PT), estava emocionada e contou como fica preocupada quando os filhos saem para divertir-se.
“Só consigo dormir quando meus dois filhos chegam em casa. A aflição é grande de tanto medo que algo de ruim aconteça com eles na rua. É um absurdo termos que denunciar novamente a matança da população negra. Sinto a dor desses irmãos, a dor dessas famílias. Não vamos permitir que nossa juventude, que nossos corpos negros continuem sendo alvo da violência”, ressaltou.
Protestos aconteceram em todo Brasil e até no exterior para pedir justiça para as vítimas do racismo estrutural e punição para os racistas que insistem em atentar contra a vida da população negra e imigrante.