Data de publicação: 17-05-2022 23:23:00 - Última alteração: 29-05-2022 19:21:52

Quase três meses de Guerra na Ucrânia: irracional!

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Foto: Divulgação

Seguimos acompanhando, dia após dia e em pleno século XXI, o mundo exposto aos exageros sem precedentes no mundo contemporâneo, de um autocrata sem limites, bom senso e quaisquer dignidades diplomáticas nos faz pensar sobre o quão desprotegido o planeta está, quando a união dos demais países não fala na altura necessária e não impacta na medida devida.

O conjunto apresentado pelo ocidente, como sanções econômicas, ações restritivas e exclusões simbólicas de jogos esportivos, podem soar como “isolamento”, mas quando falamos de guerra, gestos como a tomada da usina nuclear de Zaporizhzhia, no sudoeste da Ucrânia – a maior da Europa, diga-se de passagem, é algo muito mais alarmante e prático, uma vez que o seu poder de radiação chega a ser dez vezes maior que o de Chernobyl, também controlada pela Rússia nos primeiros dias da investida em solo ucraniano.

É visível que os EUA e a União Europeia buscam sufocar a economia dos russos, estes seguem firmes um plano que não aparenta possuir lacunas de competência; ao contrário, o que vemos é um bombardeio que não diferencia bases militares de hospitais, creches, parques infantis e escolas, o que por si só já fere todos os Direitos Internacionais.

Do dia 24 de fevereiro, data da invasão russa, até hoje, cada vez mais as tropas invasoras têm atacado localidades civis com bombardeios aéreos e artilharia, por todas as direções. A ONG Anistia Internacional registra "ataques indiscriminados". Coloca-se a questão de se estariam sendo cometidos crimes de guerra, além de práticas “inomináveis” aqui nesta coluna, mas que ferem a honra e a dignidade de civis, incluindo mulheres indefesas.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu como crimes de guerra os lançamentos de mísseis russos contra áreas civis. Um dos mais marcantes foi quando a Praça da Liberdade, da cidade de Kharkiv, sofreu bombardeios aéreos.

Já passou da hora do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, agir. Sua atuação é fundamental, pois as provas podem se deteriorar ou desaparecer. É muito difícil os promotores investigarem com êxito possíveis crimes de guerra após o fato, quando uma das partes do conflito possa ter adulterado provas ou as testemunhas não estejam mais disponíveis.

As reuniões de comitivas representativas das duas nações envolvidas na invasão russa, e ligações de Chefes de Estado pertencentes à OTAN e à União Europeia, não estão cumprindo o principal objetivo em jogo: as bombas, os foguetes, os tanques e os mísseis russos continuam a avançar.

Em conflitos deste patamar, conhecemos os heróis e os covardes. É tempo de surgirem os heróis, antes que o avanço e o estrago russo sejam irreversíveis. Os ucranianos são nossos irmãos e merecem o devido suporte bélico, para que não sofram sem condições de contraporem a investida dura e sangrenta que recebem, incessantemente, no presente momento. Quem buscar o enfrentamento militar, isoladamente e em pleno século XXI, deve ser freado pela grandeza da união das outras nações – e imediatamente, diga-se de passagem.

*Lucas Gonzalez, Deputado Federal (Novo/MG).

(O conteúdo dos artigos publicados pelo Diário de Contagem é de responsabilidade dos respectivos autores e não expressa a opinião do jornal.) 
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