Data de publicação: 04-06-2022 00:48:00 - Última alteração: 04-06-2022 00:52:21

Detentos ganham emprego em fábrica de eletrônicos

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Fotos: Tiago Ciccarini / Sejusp

A oportunidade foi dada a 140 presidiários do Presídio de Ribeirão das Neves I (Dutra Ladeira), na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Das oito linhas de produção saem prontos equipamentos para som automotivo e telecomunicação. 

Os presos trabalham de segunda a sexta-feira, no horário comercial, em um grande galpão recém-reformado, onde funciona uma fábrica de eletrônicos. Na filial da empresa JFA, que funciona no presídio, são produzidas diariamente, 350 placas de fontes, 1,5 mil controles de som automotivo, painéis de rede e outras peças para som de carros e o mercado de telecomunicações.

Os detentos recebem treinamento para atuar em todas as etapas de fabricação e montagem. A finalidade maior do funcionamento da empresa dentro do presídio, a ressocialização. Os presos recebem 3/4 do salário mínimo, têm direito à remição de pena, um dia a menos na condenação para cada três dias de trabalho.


Segundo a gerente de produção da empresa, Ismênia Alves, os empresários precisam conhecer o sistema prisional para entender que é possível instalar e produzir dentro de um presídio ou penitenciária com a mesma eficiência de uma fábrica funcionando do lado de fora das prisões. 

“As vantagens e benefícios são para todos: setor privado, Departamento Penitenciário, presos e familiares e sociedade civil. Temos obtido ótimos resultados e com excelente qualidade”, garantiu a gerente.

A empresa começou a funcionar em setembro de 2019, no antigo Presídio José Abranches Gonçalves, atual Centro de Ressocialização e Pré-Soltura de Ribeirão das Neves I, e em abril de 2020 foi transferida para a Dutra Ladeira.


Outras empresas movimentam mais 50 presos

Outras duas empresas na Dutra Ladeira, empregam 50 presos, de segunda a sexta-feira. Uma empresa começou as atividades no presídio em 2015 e a outra em 2021. Ambas beneficiam o alho, descascam, limpam e empacotam dentes de alho em bandejas de isopor e sacos plásticos. São 36 toneladas de alho mensais que são enviados ao Ceasa e distribuídos para supermercados. 

O diretor do presídio, Ronan Luiz Pinto, avalia as atividades como de fundamental importância. “Elas representam uma possibilidade de maior empregabilidade no futuro, ajudam na saúde física e mental dos presos, e ainda contribuem na renda familiar, quando trabalham nas empresas privadas”, explicou.
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