A professora Érika Rúbia de Souza da UNA de Contagem, recebeu na noite da última segunda-feira, 03.12, em São Paulo, o maior prêmio na categoria professores universitários.

O concurso foi um plano para estimular a discussão sobre o assunto onde realizado em todo o Brasil pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos e pela empresa Neurônio Consultoria.

Para participar do prêmio, Érika apresentou um plano de ensino que estimula a discussão do combate à pirataria entre profissionais de Marketing, área que atua. A finalidade do concurso foi formar entre os professores uma consciência além da crítica. “A consciência moral serve para que possamos atuar no mercado amparado por leis e até mesmo pela consciência pública”, explicou a professora premiada.

Érika criou a disciplina de Marketing de Patentes. “Eu aliei o assunto desenvolvimento de produtos às questões da propriedade intelectual e sua importância, até mesmo como estratégia competitiva”, justificou.

O planejamento idealizado pela professora considera a possibilidade de estender a discussão sobre o combate à pirataria para outros cursos. “Antes, contudo, é imprescindível adaptar o plano a cada um deles”, ensina Erika.

O plano de ensino que ela apresentou, e com o qual venceu o Prêmio Criatividade no Combate à Pirataria, já está com o coordenador do curso de Marketing da UNA. “Ele já está ciente do trabalho e gostou bastante da iniciativa”, destaca.
 

O Brasil deixa de arrecadar R$ 50 bilhões de impostos só com a falsificação de roupas, tênis e brinquedos.
 
Rio de Janeiro é a capital brasileira, entre São Paulo, Belo Horizonte e Recife, que detectou aumento no consumo de produtos falsificados. A constatação é da Câmara de Comércio dos Estados Unidos (US Chamber) e o Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (seção americana) em parceria com a Associação Nacional pela Garantia dos Direitos Intelectuais.

As instituições acabam de concluir a 3ª edição da pesquisa realizada com a metodologia IBOPE sobre o impacto da pirataria no Brasil. Foram feitas 2.226 entrevistas, entre os dias 26 a 31 de outubro de 2007, com pessoas acima de 16 anos, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife.
 
A pesquisa detectou que houve migração do consumo de CDs e DVDs pirateados para o setor de roupas, tênis e brinquedos, que impossibilita a arrecadação de R$ 50 bilhões de impostos no país ao ano, com a falsificação.

O trabalho conjunto entre a iniciativa privada e a Receita Federal, com o fornecimento de informações técnicas e o treinamento dos agentes aduaneiros realizados pela própria US Chamber em parceria com a Federação das Indústrias de São Paulo, tem garantido maior fiscalização nos portos e demonstrado que o acesso rápido aos detentores legais das marcas e produtos é vital para evitar as fraudes e barrar os produtos piratas na entrada do Brasil.
 
Em 2007, várias entidades de combate à pirataria iniciaram ações educativas em todas as faixas etárias, veiculando anúncios e campanhas em todos os meios de comunicação, como a Neurônio Consultoria, que, em parceria com a US Chamber, criou o Prêmio Criatividade no Combate à Pirataria entre estudantes de graduação e professores universitários de todo o Brasil. São jovens entre 16 e 24 anos os que mais consomem produtos piratas

Para 2008, os responsáveis por essa pesquisa esperam que não só o Poder Judiciário brasileiro esteja mais interado das questões que impedem maior agilidade aos processos da pirataria.

Eles pretendem também que o Legislativo crie uma comissão especial para apreciar todos os projetos de lei em tramitação dentro do Congresso Brasileiro, em especial o  PL 333/99 que aumenta as penas dos crimes contra a propriedade industrial, e confere ao juiz o poder de determinar a busca e apreensão, a destruição dos bens apreendidos e que violem os direitos de propriedade industrial.

Fonte: Entrelinhas São Paulo