Data de publicação: 25-02-2008 00:00:00

CeasaMinas realiza o 13º AgroEx com o objetivo de buscar novos mercados.

Academia Equilíbrio Funcional

 Fotos: Robson Rodrigues
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O presidente da CeasaMinas, João Alberto Paixão Lages se colocou à disposição dos produtores e atacadistas para alcançar o mercado externo. O evento foi realizado no ultimo dia 21.02.

Além de especialistas em comércio exterior do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o AgroEx reuniu técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da CeasaMinas.

“Queremos associar todo o conhecimento apresentado no AgroEx para aproveitarmos o potencial de cada um dos participantes”, afirmou João Alberto Paixão Lages que lembrou o convênio firmado com a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), no fim do ano passado.

O acordo prevê o oferecimento de suporte técnico-jurídico aos permissionários e concessionários para o mercado internacional permitindo o intercâmbio de projetos entre as duas maiores Ceasas do país.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Segundo informações do (Mapa), as exportações do agronegócio brasileiro saltaram de 24,8 bilhões de dólares em 2002 para 58,4 bilhões no ano passado, mas ainda assim a participação do país no mercado internacional é de 1,2%.

O coordenador do Núcleo de Integração para Exportação (NIEx) da (Mapa), Daniel Amin, disse que a formação de condomínios rurais e de consórcios para exportação pode representar uma solução para aumentar os ganhos com o mercado externo.

 “O Chile, por exemplo, exporta mais frutas que o Brasil, mesmo nosso país tendo uma condição climática e de solo em muitos casos melhor que a deles”, enfatizou Amin que disse ser necessário integrar os elos da produção, indústria e distribuição.
 
Alternativas conjuntas.

Os condomínios rurais e os consórcios de exportações foram apontados como alternativas de associação para ampliar os mercados interno e externo e alcançar vantagens, como o ganho de escala e compra conjunta de insumos com redução de custos.

O condomínio rural serve para organizar a base produtiva, podendo ser implantado onde a cooperativa não é possível. Não é necessário um número mínimo de produtores como nas cooperativas, e é possível que os membros de um condomínio rural consigam os mesmos benefícios fiscais dos agricultores individuais”, explicou Amin.

Os consórcios de exportação constituem instrumentos para aproximar e regular os contratos entre produtores, indústria e distribuição. O projetos-pilotos de Condomínios Rurais e Consórcios de Exportação constituem a quarta etapa do Projeto de Desenvolvimento da Integração do Agronegócio para Exportação (PRODIEx), do qual o Agroex representa o passo inicial.

Nos projetos-pilotos poderão ser articuladas políticas e parcerias de governos, sociedades locais, para fornecimento de capacitação gerencial, jurídica e econômica aos participantes.

Antes da formalização dos projetos-pilotos de condomínios rurais e consórcios, o ProdiEx será desenvolvido entre os participantes do AgroEx, através dos cursos de formação de agentes multiplicadores da cultura de integração para exportação (AgroInt) e dos manuais “Caminhos para Exportar”, nos quais são apresentados requisitos e informações por produto e país de destino.

De acordo com o analista de Comércio Exterior do Niex do Mapa, Flávio Costa, um dos palestrantes, a inserção internacional do agronegócio brasileiro está abaixo do potencial em decorrência da pouca articulação do governo com o setor provado e da base exportadora ainda estreita, concentrada em produtos de baixo nível de processamento.

Exportações de sucesso

A experiência dos produtores de Jaíba, no norte de Minas Gerais, é referência do Brasil na exportação de limão tahiti. O caso de sucesso foi apresentado no AgroEx pelo presidente da Central de Associações dos Produtores Rurais do Projeto Jaíba (CentralJai), Ailson Mendes.
 
A CentralJai integra 29 associações da região e nos últimos seis meses 32 contêineres foram exportados?para Alemanha e Canadá, totalizando 725 mil e 760 quilos de limão. Na região, existem 180 produtores com potencial de exportação e 450 associados. Nesse período, foram repassados para os exportadores da região mais de R$ 2 milhões de reais. Ailson Mendes ressaltou que foi mais prático contratar uma empresa exportadora com experiência em exportação de frutas para que o processe fosse acelerado.

A segunda experiência de exportação foi destacada pelo coordenador do Departamento Técnico da Cooperativa de Produtores de Abacaxi de Canápolis, no Triângulo Mineiro, Davi Gonçalves Pereira.

Em 2007, dos 2 milhões e 295 mil quilos de abacaxi produzidos pela cooperativa, 12,36% foram exportados principalmente para os países do Mercosul, com destaque para a Argentina. O mercado europeu também poderá fazer parte do destino das exportações, já que um contêiner da fruta já foi, experimentalmente, enviado para França.

Adilson Rodrigues da Associação Mineira de Supermercados disse que as embalagens tem muito a se desenvolverem para que os produtos cheguem em boas condições ao seu destino.

A CeasaMinas informa que foi a primeira edição do AgroEx realizada em uma central de abastecimento e que entre os temas destacados estavam as linhas de financiamento, sistemas de produção integrada (PI), barreiras fitossanitárias e ferramentas públicas de apoio ao exportador. O seminário também abriu espaço para debates entre os palestrantes e o público.

Participantes da 13º AgroEx.

Participaram do evento o superintendente substituto do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Minas Gerais (SFA/Mapa), Ronaldo Pedrosa, o chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Evandro Neiva, representando o secretário de Estado, a prefeita de Contagem, Marília Campos, o assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Rodolfo de Oliveira, representando o presidente da Faemg, o presidente da Organização das Cooperativas de Minas Gerais, Ronaldo Scucato, o superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Adílson Rodrigues, o presidente da Associação Comercial da Ceasa, Márcio Antônio Ferreira, o presidente da Associação dos Produtores de Hortifrutigranjeiros (Apchemg), Antônio Lopes, e o presidente do Centro Industrial de Contagem (Cinco), Lázaro Pontes, e o presidente da Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, Vanderlei Miranda.

 

Verlan Andrade - Assessoria CeasaMinas e Robson Rodrigues (DC Online)

 

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