Data de publicação: 04-03-2008 00:00:00

Teófilo Otoni, a República e a Utopia de Mucuri.

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Clique aqui e assista a entrevista com Nilmário Miranda

O jornalista Nilmário Miranda que fez questão de vir a Contagem fazer o lançamento do seu novo livro "Teófilo Ottoni, a República e a Utopia do Mucuri" .

A noite de autógrafos foi nessa segunda-feira, 03.03, no Restaurante Rocinha Sabor e Cultura, Rua José Carlos Camargos nº 70 - Centro. Contagem - MG (próximo ao Forum de Contagem). Tel.: (31) 3398-8382.

O livro

" Teófilo Ottoni, a República e a Utopia do Mucuri" foi escrito em comemoração ao bicentenário de nascimento de Teófilo Benedito Ottoni.
 
No dia 27 de novembro de 2007 foi comemorado o bicentenário de nascimento de Teófilo Benedito Ottoni, no Serro (cidade natal), em Teófilo Otoni (fundada por ele) e em várias outras cidades do Brasil.

Teófilo Ottoni lutou, por toda sua vida, pela República, pelo desenvolvimento econômico, social, cultural e político do país. Resgatar sua história, seu exemplo, contribui para estimular a cidadania ativa, ética e participativa das gerações presentes e futuras.

Teófilo Ottoni, com 19 anos, entrou para a Escola da Marinha no Rio de Janeiro, onde se relacionou com os círculos maçons clandestinos, ligados a Evaristo da Veiga e Rodrigues Torres, fazendo parte do Clube de Amigos Unidos, sociedade secreta.

Em 1830, percebendo-se cerceado na Marinha pelas suas idéias, volta ao Serro onde funda o jornal "Sentinela do Serro", porta-voz de suas propostas de vanguarda, fechado em 1932 por determinação do Regente Feijó. No Serro funda a "Sociedade Promotora do Bem Público". Em 1933 lidera o batalhão de voluntários para lutar contra a sedição militar dos Conservadores em Vila Rica: vai às armas pela primeira vez.

Foi vereador, deputado provincial à Assembléia Legislativa em 1835/1838 e 1839/1842. Em 1838, foi eleito para a Assembléia Geral (Câmara dos Deputados) no Rio de Janeiro. Em 1845, é eleito novamente deputado geral, sendo reeleito em 1848.
 
Em 1861, volta ao parlamento federal e é novamente reeleito em 1864. Após ser preterido por 5 vezes, é indicado senador por Pedro II em 1864. Neste cargo, morre aos 62 anos, em 17 de outubro de 1869.

Combativo, inquieto, culto, com o dom da palavra, Teófilo Ottoni entra em colisão com os conservadores e o poder quando da "Lei de Interpretação do Ato Adicional", retrocesso ante as conquistas liberais em 1834.

Em 1840, os liberais vencem as eleições defendendo a antecipação da maioridade de Pedro II e combatendo o retrocesso. No ano seguinte, as eleições são anuladas e os liberais resolvem ir às armas (é a Revolução Liberal de 1842).

Em agosto de 1842, após longas e renhidas batalhas, Teófilo Ottoni é derrotado em Santa Luzia/MG pelo Duque de Caxias, sendo preso e levado a Vila Rica. Faz sua própria defesa; edita com pseudônimo, desde a prisão, "O Itacolomi" onde critica o governo imperial e defende os revolucionários "luzias". Em 1843 é julgado e absolvido em Mariana.

Desencantado com a cooptação dos Liberais, volta-se para o empreendedorismo. Abre uma casa comercial na Rua Direita no Rio, em 1844. Em 1847, funda a Cia. de Comércio e Navegação do Rio Mucuri. Em 1853, inicia a construção de Filadélfia ("cidade do Amor Fraterno").

A escolha do nome denota a influencia de Thomas Jefferson. Ao invés do extermínio, alcança acordo com os indígenas. Traz 100 chineses para a construção da estrada até Santa Clara. Em 1856, chegam os alemães e também imigrantes holandeses, belgas, suíços, portugueses, espanhóis. 

Em 1857, Filadélfia vira distrito e é inaugurada a 1ª estrada de rodagem do Brasil, com 180 quilômetros e mais de 50 pontes. Em Filadélfia (posteriormente será chamada de Teófilo Otoni) abre escola de esperanto, um jornal, igreja católica e luterana, estimula a agricultura e a pecuária. Contra sua vontade, a Cia. do Mucuri é encampada em 1860. 

Fisicamente fragilizado pelas repetidas crises de impaludismo, contraídas nas matas do Mucuri, Teófilo Ottoni retoma suas atividades políticas na capital do país, retomando a liderança dos liberais, e luta pelo federalismo, pela República e pelo desenvolvimento. Ídolo popular, lidera as manifestações contra os ingleses na Questão Christie e ante a  ameaça de bombardeio do Rio por canhoneiras inglesas.

De 1853 a 1857 foi diretor do Banco do Brasil, refundado por Mauá após a proibição do tráfico de escravos, para canalizar os capitais daí para outros empreendimentos. 

Seus escritos e discursos, as dezenas de publicações sobre sua história, idéias e feitos mostram o republicano, um homem futurista, defensor da indústria, da agricultura diversificada, da construção de estradas, ferrovias, da navegação fluvial, de uma cultura nacional.

Na célebre publicação sobre a estátua eqüestre de Pedro I (onde hoje é a Praça Tiradentes, no Rio) ele reivindica para os movimentos libertários, como os "inconfidentes" e os "pernambucanos", os méritos da independência. No entanto, esta pessoa extraordinária, exemplo de altruísmo, coragem, obstinação, superação, permanece pouco conhecida até mesmo em Minas Gerais.
 
A importância da iniciativa 
 
Diante deste histórico e das comemorações dos 200 anos de seu nascimento, nada mais justo, portanto, que a divulgação das idéias e obras de Teófilo Otoni para os jovens, os professores, os formadores de opinião, para a cidadania ativa do Vale do Mucuri (mais de 30 municípios originaram-se da Cia. de Colonização do Mucuri), do Serro e do Vale do Jequitinhonha, de Minas e do país.
 
Há dezenas de livros, teses, monografias, textos, artigos de e sobre Teófilo Ottoni, em acervos públicos e particulares no Serro, Teófilo Otoni, Belo Horizonte, Rio e Brasília, mas todos já com tiragens esgotadas. 

Daí a proposta de publicar um livro com a história deste ilustre brasileiro para divulgar a bibliografia existente sobre ele, sua obra e seus feitos, com o patrocínio de empresas e instituições, que permite a sua venda a um custo acessível a todos. Esta é uma contribuição para as comemorações dos 200 anos deste inesquecível mineiro. 
 
Nilmário Miranda é jornalista, foi deputado estadual constituinte, por 3 mandatos foi deputado federal, ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos no 1º mandato do presidente Lula. Viveu até os 17 anos em Teófilo Otoni, cidade onde também viveram e morreram os seus pais.

É autor, junto com Carlos Tibúrcio, do livro "Dos Filhos Desde Solo". A responsabilidade objetiva do Estado sobre os mortos e desaparecidos políticos, edição conjunta da Boitempo e Fundação Perseu Abramo(1999) – esgotada. 

Em 2003, publicou "Memória Essencial - a trajetória vitoriosa do PT mineiro", pela Segrac (esgotada). Em 2006, pela Autentica, publicou "POR QUE DIREITOS HUMANOS".

Em 1989, publicou livreto com discursos e apartes, sobre Teófilo Benedito Ottoni (nos 120 anos de sua morte). 
 
Para mais detalhes sobre Teófilo Ottoni, a programação das comemorações e outras informações relacionadas ao assunto acesse o endereço: www.teofilootoni.blogspot.com.br

Fonte: Centro Cultural de Contagem

 

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