Data de publicação: 25-06-2014 00:00:00

Se você pensa que está ruim, acredite, pode piorar

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE

Foto: Divulgação

Em ano de eleições presidenciais a busca incessante de apoio político acontece em todas as instâncias do poder. É um verdadeiro segura-se quem puder. 

Prova disso foi à convenção do PSB em Minas Gerais, que preferiu deixar pra depois da Copa do Mundo de Futebol a decisão pela candidatura própria ao governo estadual.

Mas na verdade, a manobra política orquestrada pelo presidente estadual do PSB, o deputado federal Júlio Delgado, tem como objetivo adiar a decisão que sinaliza o apoio à candidatura de Pimenta da Veiga, candidato do PSDB de Aécio Neves.

A manobra irritou o pré-candidato ao governo de Minas pelo PSB, o médico e ambientalista Apolo Heringer Lisboa. Heringer preferiu retirar seu nome da disputa, que, segundo ele, representava uma terceira opção ao eleitorado.

Mas não é somente em Minas Gerais que existe discordância entre o PSB de Eduardo Campos e a Rede Sustentabilidade de Marina Silva. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Pará, que representa mais da metade do eleitorado nacional, há divergências. Marina Silva já avisou que não subirá em palanques do PSDB. Será?

Em São Paulo, um dos maiores colégios eleitorais, Eduardo Campos já decidiu apoiar o PSDB e a reeleição de Geraldo Alkimin para o governo estadual.

Parece que as máscaras estão caindo mesmo antes de começar as propagandas eleitorais. Tudo parece que PSDB e PSB são partidos irmãos, coligados, aliados e unidos com um só propósito, derrubar o projeto político do PT de Dilma e Lula, que pretendem governar o Brasil por mais 4 anos.

Aécio Neves e Eduardo Campos, PSDB e PSB, estão unindo forças para derrotar a presidente Dilma e seu vice, Michel Temer, PT e PMDB, juntamente com seus aliados, inclusive o PCdoB.

Em Contagem aconteceu à mesma manobra nas eleições municipais. O PMDB do deputado federal Newton Cardoso prometeu e uniu todas as forças políticas contrárias para derrotar o projeto do PT municipal e conseguiu.

O eleitorado acreditou que seria a melhor opção e votou no PCdoB, PMDB, PSDB, PV e em outros partidos que entraram no bonde em troca de espaço no novo governo.

Agora ficam as perguntas: Valeu a pena trocar? Quem acreditou na manobra está satisfeito? O projeto do novo governo municipal é satisfatório?

\"Aprendi mais uma com os pragmáticos dos conluios partidários. Se está no inferno abraça o capeta\", disse Apolo Heringer Lisboa, nas redes sociais.

Conluio é um acordo realizado com o propósito de prejudicar outras pessoas, uma trama ou conspiração.

Segundo o ambientalista, pelo poder, o PSB faz o mesmo que foi feito em Contagem, une forçar para ganhar as eleições, custe o que custar. Em 2012, até o PMDB e o PSDB, Newton Cardoso e Ademir Lucas, se uniram para derrotar o candidato Durval Ângelo (PT). “Se está no inferno abraça o capeta”, Heringer.

Mais perguntas: Até quando Marina Silva será vice de Eduardo Campos? Será que ela está conseguindo exorcizar os demônios que rondam a Rede Sustentabilidade? O eleitorado brasileiro (pouco interessado pela política) vai conseguir perceber que PSB e PSDB, atualmente, é uma coisa só? Será que vale a pena trocar o governo que aí está por um monte de aliados desesperados?

Em Contagem valeu a pena trocar o PT pelo PCdoB. Lembre-se: “O que está ruim, pode piorar e isso é fato”.

Robson Rodrigues
Jornalista Editor
Jornal diário de Contagem e Contagem TV

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