Data de publicação: 01-05-2007 00:00:00

Vendas pela internet já chegam a R$ 4,4 bi

WRV Produções

Comércio online cresceu 76% no ano passado, segundo levantamento entre as principais empresas do segmento. Previsão é de nova expansão este ano, atingindo R$ 6,4 bilhões.  

O comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 4,4 bilhões em 2006. O aumento é de 76%, em relação ao ano anterior, quando o setor faturou R$ 2,5 bilhões, segundo levantamento da empresa de marketing online e-bit.

Os números não incluem as vendas de passagens aéreas, automóveis e leilões virtuais. O número de consumidores que fez compras online somou 7 milhões de brasileiros e aumentou 46% no ano passado, em relação a 2005. A previsão da e-bit é que os novos adeptos das compras virtuais levem o faturamento do comércio eletrônico a crescer 45% este ano, atingindo R$ 6,4 bilhões.

O faturamento das empresas virtuais em 2006 ficou R$ 100 milhões acima do previsto pela e-bit, que estimava R$ 4,3 bilhões de vendas online no ano passado. O melhor mês para o comércio eletrônico é dezembro, assim como acontece no varejo tradicional. No mês passado as vendas das empresas virtuais brasileiras somaram R$ 600 milhões.

A pesquisa foi feita em cerca de 900 lojas virtuais do país. Os homens lideram as compras online. “Eles fizeram cerca de 57% das encomendas em 2006. Mas a participação feminina vem crescendo”, afirma Felipe Pavoni, gerente de produtos e informações de mercado da e-bit.

O valor médio das compras pela internet no Natal de 2006 se manteve durante todo o mês de dezembro acima de R$ 300. Segundo o diretor-geral da e-bit, Pedro Guasti, o faturamento das vendas online foi beneficiado por essa estabilidade no tíquete médio gasto no fim de ano.

As vendas de CDs, DVDs e vídeos ficaram na primeira posição de vendas no Natal da internet, com 17% do total. Em seguida vieram os eletrônicos, com 15%, e os livros, revistas e jornais, com 13%.

Exemplo

A livraria Leitura inaugurou o seu comércio eletrônico em junho de 2003. No ano passado as vendas virtuais da empresa cresceram 30%, em relação a 2005. “Os produtos em promoção e os livros mais difíceis de serem encontrados são os itens mais procurados na internet”, afirma Marcus Teles, sócio-diretor da Leitura, que tem 30 lojas físicas.

Os livros respondem por mais de 60% das vendas virtuais da Leitura. A empresa vende atualmente cerca de 100 mil itens pela internet. A partir de março pretende dobrar a oferta no site eletrônico: chegar a 200 mil itens. “Estamos em busca de parceiros virtuais para vender livros em inglês e espanhol”, observa Teles.

Usuários

A estudante Priscila Mendes compra pela internet desde que obteve seu primeiro cartão de crédito, há dois anos. Os seus produtos preferidos são os CDs e os DVDs. “Às vezes falta o produto na loja e acho no site. Os preços da internet muitas vezes são melhores também. Nunca tive problemas”, afirma Priscila. Em algumas compras, ela divide o frete de entrega com amigos que também fizeram encomendas online. “Eu queria começar a comprar produtos de informática pela internet, mas tenho um pouco de insegurança. Se tiver algum problema e eu precisar trocar, tenho medo de o processo ser muito burocrático”, diz.

Marcelo de Campos Braga Perin tem uma lan house há quatro anos. Ele usa a internet para comprar principalmente produtos de informática, como monitores e impressoras. Para não ter problemas, procura sempre fechar os pedidos em sites maiores e mais conhecidos. “O prazo de pagamento geralmente é melhor do que nas lojas. Na internet, os vendedores não precisam ganhar comissão, aí temos algumas vantagens na hora da compra”, diz Perin.

Análise da notícia

Chama a atenção, em meio aos números do comércio eletrônico no Brasil, o espetacular aumento do número de usuários. Foram mais de sete milhões os brasileiros que fizeram pelo menos um compra pela internet no ano passado, um crescimento de 46%, percentual que nem de longe lembra os modestos índices de desempenho da economia, nem mesmo os do comércio não virtual.

A propósito, nos últimos sete anos, o crescimento em valor do comércio eletrônico nunca foi inferior a 40% ao ano. Está bem claro, portanto, o potencial de desenvolvimento que temos no uso da rede e a urgência dos programas oficiais de inclusão digital.

Fonte: EM - Pedro Lobato

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