Data de publicação: 21-06-2008 00:00:00

Moradores culpam a Copasa pela poluição de nascentes.

Imagens: Guilherme Diniz

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No mês do meio ambiente, moradores do bairro Novo Retiro, em Esmeraldas, cidade vizinha de Contagem, reclamam dos poluentes que estão sendo despejados no Córrego do Meloso.

A população da região culpa a Copasa pela poluição, alegando que desde o início das operações da Estação de Tratamento de Esgotos em Nova Contagem, efluentes estão sendo despejados a cerca de mil metros da nascente do córrego.

O resíduo tóxico mal cheiroso e de cor escura produz uma espuma que, em alguns pontos, chega a dois metros de altura. Segundo moradores, a poluição está matando peixes e causando prejuízo aos produtores rurais que usam a água do córrego para irrigação e para hidratar os animais domésticos.

Há 10 anos, a Prefeitura Municipal de Esmeraldas assinou um acordo com a Copasa autorizando a utilização do córrego para o despejo de efluentes. Na época, a companhia deu garantias que os resíduos não prejudicariam a rotina dos produtores rurais, mas desde então os moradores lutam constantemente para impedir a destruição do córrego.

Alguns fazendeiros da região já venderam parte do gado e outros acabaram com suas plantações temendo não ter água nem para beber. O risco de contaminação do lençol freático é grande onde cerca de 40 famílias moram e dependem das águas do Córrego do Meloso para sobreviver.

A região é procurada pelas suas cachoeiras e pelo ecoturismo. Com a poluição do córrego, os prejuízos aumentam, porque os turistas buscam locais despoluídos e sem riscos de contaminação para acampar.

O vereador Lucas Cardoso, que vive em Nova Contagem, tem criado ao longo do seu primeiro mandato vários projetos para tentar impedir a poluição dos córregos da região e da bacia da Vargem das Flores.

Por ironia, a Copasa trata o esgoto de Nova Contagem e polui córregos e nascentes da região. Enquanto isso, moradores e o Consultor Ambiental e representante das famílias atingidas,   estão se mobilizando para não deixar que o córrego Meloso acabe.

Por:  Robson Rodrigues e Iêva Tatiana.

 

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