Data de publicação: 23-07-2016 00:00:00

Metade dos jovens depende de programas do governo para cursar universidade

Foto: Reprodução Internet
 
Agência Brasil
 
Pesquisa apresentada na última quarta-feira (20) pela Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES) mostra que 50,5% dos jovens que pretendem ingressar em curso superior de universidade não têm condições de pagar as mensalidades e precisam da ajuda de programas de financiamento do governo.
 
O percentual de 37,3% informou que poderia pagar as mensalidades e 12,2% disseram que talvez tenham condições de pagar. O estudo ouviu mil brasileiros de 18 a 30 anos, com ensino médio completo.
 
Ao serem questionados sobre o interesse em pleitear uma bolsa pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) – que concede bolsas parciais e integrais, com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – 57,9% tentariam ingressar no programa, 38,1% não têm interesse no auxílio e 4% não souberam responder.
 
Sobre o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), 50,3% dos entrevistados tentariam essa modalidade, 41,4% não tentariam e 8,3% não souberam responder. O Fies é um empréstimo para custear graduação em instituição privada de ensino a uma taxa de juros de 6,5% ao ano. O percentual de custeio varia conforme a renda familiar mensal.
 
Redução de custos
 
A pesquisa também perguntou aos estudantes o que pensam sobre a proposta de redução de investimentos em educação pelo governo federal. A maioria (75%) disse que é contrária ao corte. Sobre a cobrança de mensalidades por universidades públicas, mais da metade (57,3%) também se opôs à proposta.
 
Para Janguiê Diniz, presidente da ABMES, que representa 1,2 mil instituições educacionais privadas, o programa de financiamento estudantil beneficia mais o país, em última instância, que as instituições privadas de ensino.
 
"Quando o Fies era incipiente, há seis anos, os índices de crescimento eram ascendentes. Quem precisa do Fies não são as instituições privadas, quem depende disso é o país”, disse ele.
 
Para o cientista político que trabalhou na pesquisa, Adriano Oliveira, o levantamento mostrou que os jovens valorizam o papel do Estado como indutor de inclusão social na área da educação.
 
Se pudessem escolher, 71,2% dos entrevistados optariam por uma universidade pública, enquanto 25,1% escolheriam uma instituição particular e 3,7% não responderam. “Essa questão mostra a importância do Estado como agente que permite a inclusão social por meio da educação”, disse Adriano.
 
Apesar da preferência pelas instituições públicas, Janguiê argumenta que as faculdades privadas têm alcançado melhores índices de qualidade. “Se no Brasil fosse o mesmo sistema dos Estados Unidos (onde universidades públicas cobram mensalidade), esse sentimento de que as privadas têm qualidade inferior à pública não existiria”, declarou.
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