Data de publicação: 14-11-2016 00:00:00

Fazer e usar, quanta diferença

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Foto: Ronaldo Leandro

EDITORIAL - Fazer jornalismo e usar o jornalismo são duas situações bastante distintas, passíveis de elogios e muitas críticas. O jornalismo sério, responsável e ético tem sido cada dia menos praticado pelos veículos de comunicação que, atualmente, dominam boa parte das mídias.

A comunicação social voltada aos interesses da sociedade e a serviço do bem comum deveria ser a missão de todos os jornais, revistas, rádios e TVs. Mas, na realidade, nem as rádios e TVs que necessitam de concessões públicas para operar estão cumprindo o papel social do jornalismo.

A programação voltada para o entretenimento é de péssima qualidade e o jornalismo está contaminado pelos interesses dos diretores das emissoras, que esquecem a ética e a imparcialidade, pontos fundamentais para conquistar a credibilidade do público.

Na verdade, a maioria dos veículos de comunicação, principalmente os jornais e revistas das cidades do interior dos estados, pouco se importa com os leitores. O público é deixado de lado e a prioridade é agradar aos anunciantes e grupos políticos que financiam e, muitas vezes, são proprietários dos canais de informação locais.

Com tantos interesses envolvidos, muitas publicações mantidas com verbas públicas vindos de prefeituras e des câmaras municipais, passam a serem meros instrumentos usados para propagar as inverdades de governos escusos. 

Com isso, a desinformação se instala e a cidade mal informada vive alienada por décadas. Aconteceu em Contagem e acontece em milhares de municípios governados por políticos que não querem o bem de todos.

Mas com o advento da internet, veículos de comunicação tradicionais perderam força e outros jornais, rádios e TVs independentes surgiram com a proposta de fazer jornalismo, não usá-lo para propagar mentiras. 

Com o surgimento das redes sociais, cada leitor ou telespectador ganhou voz e passou a interagir ainda mais com os veículos de comunicação. Ficou bem mais difícil publicar inverdades a favor de qualquer governo.

O poder do povo agora está na palma das mãos dos cidadãos por meio dos smartphones ligados à internet. Mesmo com a baixa qualidade dos serviços oferecidos pelas operadoras de telefonias móveis, temos mais liberdade de expressão e uma bela arma para protestar sobre qualquer assunto.

Ninguém deve acreditar em tudo que lê. Principalmente, em publicações de jornais partidários vendidos para governos que não têm o devido respeito à comunicação social.

Fazer jornalismo é informar a verdade e a realidade para a sociedade, ouvindo todos os lados. Agora usar o jornalismo é promover a mentira e grupos inescrupulosos que manipulam o povo, compram votos e se apoderam de recursos e de bens públicos. Isso é no mínimo imoral, já que ainda não é considerado ilegal.

Fazer e usar o jornalismo, eis a diferença. 
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