Data de publicação: 05-01-2018 18:47:00

Boquinha no serviço público

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Vista do bairro Eldorado, em Contagem, a partir da janela da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos

Foto: Robson Rodrigues

EDITORIAL - Em Contagem, o número de funcionários comissionados cresce a cada governo que se instala na cidade. São pessoas indicadas para ocupar cargos de confiança, e que, automaticamente, se transformam em servidores públicos.

Por meio do apadrinhamento, cabos eleitorais, candidatos não eleitos, amigos e familiares de políticos são indicados para ocupar cargos na administração pública sem passar pelos concorridos concursos. 

Os agraciados ocupam cargos de chefia e também são bem remunerados. Isso porque apoiaram, pediram votos e ajudaram a fortalecer os “currais eleitorais” de políticos que utilizam o assistencialismo para se perpetuarem nos cargos eletivos. 

“Vota em mim (ou naquele) que, se for eleito, te arranjo um emprego”, prometem os compradores de votos, futuros funcionários comissionados.

Desvalorização 

Os servidores concursados que passaram pelos processos seletivos legais são historicamente desvalorizados com os baixos salários. 

Os concursados ainda ficam subordinados aos servidores comissionados, muitos deles sem a qualificação adequada para ocuparem a função que lhes fora oferecida. Mas, mesmo assim, aceitaram e ainda foram favorecidos com altos salários.

São muitos adjuntos que estão à frente das pastas, porque os titulares sequer têm formação na área nem estão capacitados para dar entrevistas à imprensa.

Consequências 

As boquinhas no serviço público colocam municípios e estados em dificuldades econômicas. As folhas de pagamentos ficam inchadas e os governos ainda utilizam do artifício da “terceirização” para driblar a Lei de Responsabilidade Fiscal. 

Com isso, alguns governos estão parcelando os pagamentos dos salários, priorizando o pagamento para alguns servidores e se desculpando com os demais. Mas o povo quer saber: será que os salários dos governadores e secretários também estão sendo parcelados?

Local

No final de 2017, foi aprovado na Câmara Municipal de Contagem o Projeto de Lei Complementar 017/2017, que prevê uma reforma na administração pública. 

De acordo com a preposição, fundações e autarquias serão extintas, secretarias vão ser reestruturadas e as contratações serão flexibilizadas. 

Servidores concursados estão preocupados e reclamam que serão prejudicados ainda mais com a possibilidade da “terceirização” no serviço público.
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