Data de publicação: 30-04-2018 22:46:00

Dia do Trabalho, nada a comemorar

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Servidora pública concursada que há anos reivindica direitos da categoria

Foto: Robson Rodrigues

No próximo 1º de maio, infelizmente, não teremos nada a comemorar, novamente. O desemprego é cruel em Contagem e em qualquer lugar do mundo. Os trabalhadores continuam sendo desvalorizados e escravizados em praticamente todos os ramos de atividades. 

A maioria dos empregadores não valoriza nem respeita as necessidades dos trabalhadores. São raros os bons exemplos de patrões preocupados com o bem-estar dos colaboradores. Na crise, o corte de custos corta até o pão de cada dia. Pasmem: em algumas padarias da região metropolitana, funcionários são proibidos de lanchar e passam horas em jejum.

E a Reforma Trabalhista? Há quem diga que as inovações podem facilitar as contratações e gerar empregos. Mas a verdade precisa ser dita: permitir a livre negociação entre patrões e empregados, legalizar as terceirizações e acabar com a força dos sindicatos, logo agora, quando a taxa de desemprego está altíssima, é muito oportunismo do governo. 

Com as novas regras, quem precisa do salário para comer e manter a família, com certeza, vai aceitar trabalhar mais por menos para ter o mínimo necessário para sobreviver. Já os profissionais qualificados também aceitarão ganhar menos e não ter benefícios para conseguir um emprego em alguma empresa terceirizada contratada pelo poder público, a exemplo da Cemig.

Quantos aos sindicatos, sabemos que muitos arrecadam para custear os luxos dos diretores. Mas a maioria serve de ponto de apoio para os trabalhadores que são seguidamente enganados nas homologações e nos direitos trabalhistas.

Já os jornalistas, trabalhadores responsáveis por relatar as atrocidades que acontecem pelo mundo afora, além de desvalorizados, viraram alvo e estão sendo assassinados. Vários correspondentes internacionais foram mortos, nesta segunda-feira (30), em ataques terroristas em Kabu, no Afeganistão. Já na cidade mineira Santa Luzia, a ex-prefeita está presa acusada de matar o dono do jornal local. A barbárie que mata trabalhadores está mais perto do que pensamos.

A situação está difícil para todos, no setor privado e também no público. Nem quem tem o tão sonhado emprego público está podendo contar certo com os salários. Os governantes estão pagando salários parcelados, deixando de pagar aposentados, mas não deixam para depois os próprios salários e não param de contratar servidores comissionados com altos salários. Não faz sentido esse tipo de administração, mas continua acontecendo em estados e municípios com a aprovação de deputados e vereadores.

Se os empregos nas esferas pública e privada estão ruins, o que comemorar no Dia do Trabalho de 2018? 

A saída do trabalhador é votar com responsabilidade e eleger representantes corretos e competentes para governar o Brasil e fazer funcionar o Congresso Nacional. “Trabalhador não pode vender o voto, trocar o voto nem jogar o voto no lixo votando em desconhecido”.
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