Data de publicação: 10-02-2009 00:00:00

Mérito Educacional 2009

Joel de Brito - Agulhas que Curam

O ano de 2009 começou com novidades e uma das mais polêmicas foi a Reforma Ortográfica, estabelecida com o intuito de padronizar a escrita da língua portuguesa nos cinco países que falam o idioma.

De um lado, há os que defendem a mudança, alegando que será positiva, inclusive economicamente, pois os países subdesenvolvidos terão a oportunidade de serem inseridos nas comunidades desenvolvidas, ao contrário de antes, quando muitas publicações deixavam de circular porque dependiam de “tradução”.

Além disso, a padronização do português também possibilita o estabelecimento da língua como um dos idiomas oficias da ONU, o que não era possível na época em que havia duas grafias.

De outro lado, estão aqueles que discordam da reforma e se revoltam com a imposição de um padrão de linguagem entre países tão distintos, que só compartilham a origem da língua que falam. A começar pelos continentes em que estão localizados, passando pela cultura de cada um até chegar ao vocabulário, repleto de palavras diferentes.

Fica a dúvida: que padronização é essa que não leva em consideração todas as diferenças? Como um país como o Brasil, rico em diversidades (raciais, religiosas, culturais etc.), pode adotar a mesma ortografia de Portugal? Eles gostam de fado e nós, de samba.

Como a mudança pode ser favorável à economia se todos os livros (didáticos e literários) terão que ser impressos novamente? Se nossas publicações precisam ganhar “versões” para serem compreendidas nos outros países que falam português, é porque as diferenças não são apenas ortográficas e não parece coerente a tentativa de igualar aquilo que não tem porque ser igual.

Iêva Tatiana

 

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