Data de publicação: 30-09-2018 23:51:00

Em quem votar? Eis a questão

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Generais Ernesto Geisel (1974-1979) e Emílio Garrastazu Médici (1969-1974)

Foto: Divulgação
 
EDITORIAL - Nós, brasileiros, temos somente mais alguns dias para assumir a responsabilidade de fortalecer a democracia e a tolerância.

Não podemos acreditar que uma nação composta por negros, índios e europeus se transforme em um povo preconceituoso e intolerante. Foi justamente essa miscigenação que deu origem ao povo brasileiro, um povo trabalhador, pacato e ordeiro, mas que está dividido e em pé de guerra.

O brasileiro está machucado e fragilizado pela crise financeira que se arrasta há anos, causando falências, desemprego e sofrimento para as famílias.

Cerca de 50% da população brasileira não consegue sequer completar o ensino médio. Com a falta de uma educação de qualidade, os brasileiros sem escolaridade são as principais vítimas dos políticos inescrupulosos.

Propaganda enganosa

Com os milhões de reais vindos do financiamento público de campanha, os grandes partidos políticos pagam marqueteiros especialistas em transformar mentiras em verdades. Eles prometem tudo aquilo que a população mais precisa. Mentem!

Os recursos públicos são utilizados para fazer chantagens emocionais. São propostas obscuras recheadas de inverdades registradas e divulgadas com a autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Os filmes produzidos a peso de ouro são exibidos na TV aberta, assistida justamente pela população que não teve condições de completar nem o ensino médio. Convencer os eleitores de que não possuem um bom entendimento intelectual, consequência da má qualidade da educação e da baixa escolaridade, é a missão. 

Diante da expertise dos marqueteiros, somos presas fáceis para os tubarões da política brasileira, especialistas em ludibriar e entregar muito menos do que prometem. São políticos que se elegem atrás dos benefícios dos cargos, políticos que querem o poder pelo poder. Mas diante de tantas armadilhas e mentiras, votar em quem? 

Resposta que vale ouro

Existem campanhas na internet orientando os eleitores para não votarem em políticos que estão em busca da reeleição. Não reeleger nenhum deputado ou senador seria promover a verdadeira alternância de poder, atitude saudável para a democracia.

Não votar em candidatos filiados a partidos com histórico de envolvimento em corrupção de qualquer espécie também seria uma boa maneira de selecionar e encontrar os candidatos ficha-limpa. 

Os partidos DEM, MDB, PSDB, PP, PTB, PDT, PR, PPS, PT, PPB, PSB e PSL tiveram filiados cassados por corrupção. Todos os partidos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto têm nomes envolvidos em corrupção.

Então seria prudente não votar em nenhum candidato que está no topo das pesquisas eleitorais. Divulgadas insistentemente, elas dão a entender que os líderes já estão eleitos mesmo antes dos eleitores votarem. 

O marketing eleitoral milionário induz os eleitores ao erro. Os publicitários sabem que a maioria dos brasileiros ainda decide o voto e vota nos lideres das pesquisas. É a ferramenta mais eficaz de manipular e enganar o povo brasileiro.

Ainda dizem: “Não quero perder meu voto, por isso voto nos líderes das pesquisas”, justifica o eleitor intitulado de “Maria vai com as outras”.

Um dos maiores erros cometidos pelos brasileiros é acreditar piamente que os candidatos líderes das pesquisas sejam as melhores opções para governar ou legislar o país. Esses erros são fatais, porque eliminam os bons candidatos, que geralmente são os mais bem preparados para representar o povo.

Não se deixe enganar

- Não reeleja nenhum governador, deputado ou senador.
- Não vote em candidatos filiados a partidos corruptos.
- Não leve em consideração as pesquisas eleitorais divulgadas.
- Vote somente em candidatos ficha-limpa.
- Não tenha preconceito com os candidatos menos conhecidos.
- Não se deixe levar pelas promessas miraculosas.
- Saiba quem são os vices dos seus candidatos a governador e a presidente.

Não esqueça: Na falta do governador ou presidente assume o vice. Temer é um bom mau exemplo, mas pode ser pior. Se o vice for um militar como os generais Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) e Ernesto Geisel (1974-1979), a ditadura poderá voltar por meio do voto democrático.

Nada pode ser feito por imposição, decreto ou golpe. Não vote com raiva, vote com convicção e responsabilidade. Ajude a aperfeiçoar e fortalecer a democracia. 

Somente o voto consciente será capaz de acabar com a corrupção, recuperar a economia e criar os empregos tão necessários para os brasileiros.
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