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Agência Brasil
O jornalista Paulo Henrique Amorim morreu na madrugada desta quarta-feira (10), no Rio de Janeiro (RJ). A informação foi divulgada pela TV Record, emissora onde ele trabalhava desde 2003. A trajetória profissional dele foi destacada nesta manhã pelo jornalista André Azeredo, que apresenta o programa SP no Ar.
"É com muita tristeza que a gente noticia a morte de um dos maiores jornalistas da história desse país. Morreu nessa madrugada Paulo Henrique Amorim. Ele estava no Rio de Janeiro. Paulo Henrique trabalhava aqui na Record desde 2003 e deixa um legado para o jornalismo do país".
De acordo com a emissora, o jornalista saiu para jantar com amigos na noite de terça-feira (9) e enfartou quando voltou para casa. Aos 77 anos, ele deixa uma filha e a esposa, a também jornalista Geórgia Pinheiro.
História
Paulo Henrique Amorim construiu uma carreira que vai do jornalismo impresso ao televisivo. Atuou como correspondente internacional em Nova Iorque nas revistas Realidade e Veja. Na televisão, passou pela extinta Manchete, pela Globo, Bandeirantes e TV Cultura.
Contratado pela Record em 2003, ele assumiu, na ocasião, a apresentação da edição noturna do Jornal da Record. Posteriormente, foi deslocado para o programa Domingo Espetacular. No final do mês passado, ele foi afastado da atração após 14 anos no comando. Na época, a emissora anunciou o nome de novos apresentadores como parte de uma reformulação do jornalismo e afirmou que Paulo Henrique Amorim não seria demitido, ficando à disposição para novos projetos.
Paralelamente, o jornalista também editava o Conversa Afiada, um site focado na cobertura política do país que ele criou inicialmente como um blog, em 2008. A notícia da morte repercutiu nos meios profissional e político.
"Os jornalistas brasileiros acordaram hoje com uma triste notícia: a morte por infarto do jornalista Paulo Henrique Amorim. É uma perda para o jornalismo. Além de atuar na Record, ele atuava no jornalismo independente com o site Conversa Afiada e estava fazendo um trabalho interessante, porque suscitava o debate e a crítica. Vai fazer falta", lamentou Maria José Braga, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas.
Nas redes sociais, políticos e colegas de profissão também prestam homenagem. O jornalista e escritor Mário Magalhães escreveu que Paulo Henrique Amorim foi um jornalista corajoso e compartilhou um dos discursos dele.