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Quem sente na pele não tem dúvidas de que o calorão que vem sendo registrado em Contagem – e em grande parte de Minas Gerais – nos últimos dias causa mal-estar, indisposição e falta de apetite. E os especialistas confirmam: as altas temperaturas, somadas à baixa umidade relativa do ar, de fato, não fazem bem à saúde.
“Dias extremamente quentes como os que estamos passando elevam o risco de complicações por doenças cardiovasculares, em especial para aqueles que já apresentam algum problema cardíaco. Se a pessoa notar que está com os batimentos acelerados, dor no peito, dor de cabeça ou tontura, é importante procurar ajuda médica, pois esses sintomas, aliados ao forte calor, podem indicar risco de infarto ou de AVC [Acidente Vascular Cerebral]”, alerta o cardiologista Augusto Vilela, ressaltando que, no calor, a pressão arterial pode cair e a frequência cardíaca, aumentar.
Entre as principais orientações para lidar com os termômetros nas alturas estão a hidratação constante, o uso de roupas leves e a não exposição prolongada ao sol, sobretudo das 10h às 16h.
“Uma das maneiras de se prevenir é estar com o acompanhamento médico em dia. Consultas, exames e uso de medicamentos devem ser feitos de acordo com a recomendação. Conseguir permanecer em um ambiente com a temperatura controlada por algumas horas, fazendo uso de ventilador ou ar condicionando, ajuda a melhorar a sensação de desconforto causada pelo calor, auxiliando principalmente na resposta do corpo à temperatura ambiente”, recomenda Vilela.
Dieta adequada
Ainda de acordo com o médico, também é importante tomar cuidado com o consumo de determinados alimentos. Aqueles muito calóricos, com alto teor de gordura e/ou carboidrato, por exemplo, devem ser evitados nos dias mais quentes porque podem provocar uma sensação de mal-estar.
Outro alerta do médico é em relação à intoxicação alimentar, muito comum nos períodos de calor, segundo ele. “O ideal é consumir alimentos leves, carnes brancas, saladas, evitar o consumo excessivo de bebida alcóolica e manter o corpo hidratado, consumindo, em média, dois litros de água por dia”.
Entre os idosos, o risco de desidratação é ainda maior, já que eles tendem a beber menos água e, muitas vezes, fazem uso de medicamentos diuréticos para controlar a pressão, conclui o cardiologista.