Foto: Polícia Civil/Divulgação

 
Cinco pessoas foram presas e 14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Contagem, Belo Horizonte e Santa Luzia durante a operação Choque de Ordem 2, que combate a receptação qualificada de metais.
 
A ação foi coordenada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e realizada em parceria com as guardas municipais das três cidades, das concessionárias de telefonia e da Companhia Brasileira de Trens Urbanos na última segunda-feira (23).
 
Durante a operação, realizada em fundições, ferros-velhos e empresas de sucatas, foram apreendidos baterias estacionárias (utilizadas em estações de telefonia), barras de chumbo e mais de 100 kg de fios de cobre e de alumínio, incluindo de alta tensão. Segundo a PCMG, esses materiais são usados, por exemplo, em semáforos, fiação subterrânea e transmissão das linhas de transporte do metrô, e teriam sido furtados para serem repassados a estabelecimentos que fazem o beneficiamento.
 
“É um tipo de crime que paralisa órgãos públicos, residências e estabelecimentos comerciais, e causa grande transtorno ao trânsito. Se há quem furta é porque alguém vai receber, por isso o foco no receptador”, afirmou o chefe do 1º Departamento de Polícia Civil em Belo Horizonte, delegado Wagner Sales.
 
Repressão 
 
As investigações, que tiveram início há quatro meses, continuam, e, segundo o delegado, podem resultar em novas prisões. Essa foi a quarta grande operação de combate à receptação desse tipo de material. Antes dela, a PCMG havia realizado a Blackout, a Sinal Vermelho e a Choque de Ordem.
 
“Na verdade, é um grande ciclo criminal: passamos, na origem, pelo uso de droga (subtração para alimentar o vício), depois, pelo furto em si. Na sequência, essa pessoa repassa para o receptador, que compra por um preço baixo e vende obtendo grandes lucros. Por fim, ele faz a fundição e retroalimenta todo esse mercado, porque o material volta depois para alguma empresa”, ressaltou Sales.