Foto: Elias Ramos/Prefeitura de Contagem
As cirurgias ginecológicas foram retomadas em Contagem e, com isso, há uma esperança de redução na fila de espera, que contabiliza 2.839 pacientes, segundo informações da prefeitura. Além da pandemia, que ocasionou a suspensão do procedimento, a administração municipal alega que a má gestão do hospital e da maternidade municipais, feita pelo Instituto de Gestão e Humanização (IGH), agravou o problema.
Um balanço parcial feito pela prefeitura que mostra que as cirurgias ginecológicas mais demandadas são laqueadura tubária (ligadura de trompa) e histerectomia (retirada do útero). Agora, os procedimentos serão realizados no Centro Materno Infantil (CMI), sob controle da Junta Interventora, criada em junho deste ano, para auxiliar a transição de gestão dos equipamentos públicos.
“Antes, as cirurgias ginecológicas concorriam com outras especialidades no Bloco Cirúrgico do Hospital Municipal de Contagem (HMC). Havia agendas para ginecologia apenas duas vezes por semana. As decisões tomadas pela Junta Interventora possibilitaram a realização diária de cirurgias”, explica a diretora do CMI, Cristiane Rosalina de Oliveira.
O diretor clínico do CMI, Wilton Braga, também ressalta que a redução na fila será possível devido à intervenção na gestão do IGH. “Além da sala no Bloco Cirúrgico, o salário dos médicos está praticamente regularizado, os suprimentos e medicamentos foram repostos e os equipamentos estão em condições de uso”, afirma.
Conforme informações da Junta Interventora, em três meses, a maior parte dos salários dos mais de 700 médicos que atuam nas UPAs, no HMC e no CMI foi paga. Além disso, foi possível negociar as dívidas com 80% dos fornecedores.
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