As pesquisas sobre controle biológico desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) têm ganhado destaque entre os produtores agrícolas. Os investimentos da organização, nesse sentido, começaram a ser percebidos em 1996, quando a Epamig foi pioneira na liberação de parasitoides para controle de percevejos da soja no cerrado mineiro. 

Em 2000, a empresa deu início a estudos sobre controle biológico conservativo, alinhados aos objetivos do Programa Estadual de Pesquisa em agroecologia. Atualmente, os resultados obtidos pela Epamig são levados a produtores de vários municípios do estado, por meio de publicações científicas e de eventos da área.

"A adesão do controle biológico por parte dos produtores cresce a cada dia. É impressionante a mudança nos últimos anos. Temos sido muito procurados para realização de projetos conjuntos, informações técnicas, visitas e cursos", afirma a pesquisadora da Epamig, Madelaine Venzon.

Ainda de acordo com a pesquisadora, as demandas por novas soluções para problemas nas lavouras são incentivadas também pelo fato de que as pragas e doenças estão mais resistentes aos métodos convencionais de controle químico. Além disso, há a busca cada vez maior por alimentos produzidos por meio de “tecnologia limpa”.

Segundo um levantamento feito pela Agência Minas, nos últimos anos, o mercado internacional de biopesticidas cresceu 15%. Apenas no Brasil, onde a alta foi superior a 70%, é possível encontrar mais de 200 produtos comerciais registrados no Ministério da Agricultura para controle biológico de pragas e doenças.