Com a temática “Quadrinhos e o mundo do trabalho” que norteia a composição das mesas-redondas, debates e conversas com artistas, a 11ª edição do evento, realizada desta vez no Minascentro, começou dia 3 e termina no dia 7 de agosto.

Aproximadamente 300 artistas participam e ficam em contato direto com o público expondo e vendendo suas obras. A programação é gratuita com atividades para jovens, adultos, crianças e profissionais do setor, incluindo oficinas, exposições, sessões de filmes, mesas de artistas, feira de quadrinhos, debates, sessões de autógrafos, duelos de HQs e rodada de negócios. 

O evento tem a curadoria da jornalista e quadrinista baiana Amma e do psicólogo mineiro e pesquisador da representação social do feminino em histórias em quadrinhos Lucas Ed. O tema “Quadrinhos e o mundo do trabalho”, aborda a dinâmica da profissionalização de agentes relacionados ao universo dos quadrinhos, frente às crises que o mercado tem enfrentado.

Homenagem

O artista homenageado é o quadrinista, ilustrador e professor paulistano Marcelo D’Salete, que, aos 42 anos de idade e quase 20 anos de carreira, é um dos autores de quadrinhos mais premiados no Brasil, tendo ganhado um dos mais importantes prêmios de quadrinhos do mundo, o Eisner de melhor edição americana de material estrangeiro, em 2018, com a edição norte-americana de “Cumbe”. No mesmo ano, Marcelo D’Salete levou também o Prêmio Jabuti com “Angola Janga”, na categoria Histórias em Quadrinhos.

Suas obras mais aclamadas tratam da história da resistência à escravidão no Brasil pela ótica dos povos negros: “Cumbe” (2014) e “Angola Janga” (2017), ambas publicadas pela editora Veneta. “Angola Janga”, seu quadrinho mais recente, é fruto de uma pesquisa de dez anos sobre Zumbi dos Palmares, Ganga Zumba e o famoso quilombo. 

Nesta sexta-feira (5), às 17h30, uma mesa especial denominada “FIQ BH - ontem, hoje, amanhã” vai reunir os curadores Lucas Ed (BH) e Amma (BA), e o assessor da Diretoria de Políticas de Festivais da Fundação Municipal de Cultura Afonso Andrade (BH) para uma discussão conceitual sobre o festival.

Já a exposição “Gemini”, história em quadrinhos de Rogi Silva e a francesa Clémence Bourdaud, faz parte do diálogo entre linguagens artísticas e culturais.  Eles transportam a HQ para uma instalação digital e interativa, na qual o público é convidado a fazer uma imersão na história e conhecer uma nova perspectiva de narrativa.  A exposição “Gemini” está em cartaz na Casa Fiat de Cultura e poderá ser vista presencialmente até 14/8. 
 
Serviço:

11ª edição do Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte - FIQ BH 2022
Data: 3 a 7 de agosto 
Local: Minascentro - Rua Guajajaras, 1022
Horário: Quarta-feira a sexta-feira, das 9h às 21h; sábado e domingo, das 10h às 21h.
Classificação: livre
Programação completa
Twitter: @fiq_bh 
Instagram: instagram.com/fiqbh/ 
Facebook: facebook.com/FIQBH