A Comunidade Quilombola dos Arturos e várias Guardas de Congo e Moçambique comemoraram a Festa da Abolição, no domingo (12), com uma encenação sobre a luta contra a escravidão e pela libertação do povo escravizado, e uma Missa Conga na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário que atraiu centenas de fiés e autoridades.
O tradicional evento homenageou a ancestralidade dos escravizados com o tema pautado na igualdade racial, na luta antirracista, na resistência e no sofrimento do povo negro.
O domingo, Dia das Mães, começou com um cortejo das guardas de congado de várias partes do Estado em direção à Igreja do Rosário, onde aconteceu o levantamento de mastros e o hasteamento das bandeiras, marcos sagrados para a comunidade.
Segundo o secretário Municipal de Cultura, José Ramonielle Raimundo dos Santos, a celebração da Abolição acontece, mas a libertação ainda está inacabada, já que sempre é necessário reivindicar reparações para os povos tradicionais", enfatizou.
Na Comunidade dos Arturos, as ruas ao entorno do quilombo foram preenchidas pelas cores das vestimentas e pelo som dos tambores, tradições do Congado.
O evento celebrou a Abolição da Escravatura no Brasil ocorrida em 13 de maio de 1888, com a presença da prefeita Marília Campos (PT), a a subsecretária Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Lorena Lemos, a vereadora Moara Sabóia (PT), o presidente da Câmara Municipal de Contagem, vereador Alex Chiodi (UB) e o diretor de Promoção das Culturas Populares, Sebastião José Soares, representando a Ministra da Cultura, Margareth Menezes.
A subsecretária de Direitos Humanos de Contagem, Lorena Lemos, disse que “é momento de celebrar a data de resistência do povo preto”.
A Prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), reafirmou que “o compromisso político do governo em construir uma cidade mais tolerante que garanta a igualdade racial e que promova ações na cultura, na educação e na atividade econômica. “Estamos na luta diária contra o racismo, o machismo, a homofobia e pela inclusão de todos esses grupos”, disse.
O representante do Ministério da Cultura, Sebastião José Soares, ressaltou a emoção de estar na Comunidade dos Arturos, uma referência para o povo negro do país. “O compromisso do Governo Federal em manter vivas as ricas tradições da comunidade afrodescendente”.
Após a Missa Conga celebrada pelo Pe. José Geraldo Sobreira, as guardas seguiram em cortejo de volta a Comunidade dos Arturos, onde a festa continuou e onde o almoço foi serviços aos convidados.
.jpg)
